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No AM, órgãos iniciam buscas dentro de reserva indígena por desaparecidos

Equipes do Exército, Polícia Federal, Força Nacional, Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal devem entrar, neste sábado (28), na área da reserva indígena da etnia Tenharim, situada no Sul do Amazonas. Durante operação conjunta serão realizadas buscas pelos três homens desaparecidos na BR-230 (Rodovia Transamazônica). Cerca de 400 homens devem participar da operação. Uma série de ações foi iniciada na região para evitar confrontos entre moradores e índios.

Na manhã deste sábado, representantes da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) e demais autoridades policiais envolvidas se reuniram no quartel do 54º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), em Humaitá, município do Amazonas a 590 km de Manaus. No encontro, foram definidos detalhes da operação, que é coordenada pela Superintendência da Polícia Federal em Rondônia. Em seguida, as autoridades sobrevoaram a área em um helicóptero.

A partir das 13h, equipes do Exército deverão entrar na reserva indígena, que fica na área de três municípios amazonenses: Humaitá, Apuí e Manicoré. O Exército será responsável por montar o acampamento. Em seguida, os homens da Força Nacional, da PF, PRF e Polícia Militar também entram na área. O efetivo deve permanecer no local até o restabelecimento da segurança e localização do grupo desaparecido.

Ainda na manhã deste sábado, a balsa que faz a travessia do Rio Madeira, em Humaitá, foi liberada. Entretanto, por motivos de segurança os passageiros e os veículos que embarcam estão sendo revistados. A medida visa evitar que armas sejam transportadas para um eventual confronto.

O delegado da Polícia Federal, Alexandre Alves, que é responsável pela operação, explicou que dois inquéritos foram instaurados, sendo um para apurar os danos ao patrimônio público e outro para investigar o desaparecimento dos três desaparecidos.

Segundo o secretário titular da SSP-AM, coronel Paulo Roberto Vital, a situação na região nesse momento é mais tranquila. Porém, os moradores de Humaitá relatam que o existe um clima de medo pela possibilidade de confrontos entre índios e moradores do município.

Conflitos
Na sexta-feira (27), um grupo de madeireiros e fazendeiros ateou fogo em uma área de pedágio e casas de apoio localizadas em uma aldeia indígena situada na área do município de Manicoré, no Sul do Amazonas, segundo a Polícia Militar (PM). O Exército informou que 143 indígenas estão abrigados no quartel do 54º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), em Humaitá. Entre o grupo há adultos, adolescentes e crianças. Os índios recebem segurança depois que as unidades da Funai foram incendiadas por um grupo de pessoas que cobra agilidade nas buscas por homens desaparecidos.

O Sul do Amazonas é uma região marcada por conflitos agrários. A reserva indígena dos Tenharim é cortada pela Transamazônica e cercada por campos de pastagem. Em março de 2012, a trabalhadora rural amazonense Dinhana Nink, de 28 anos, foi assassinada na madrugada em Nova Califórnia, Rondônia. O filho da vítima, de cinco anos, testemunhou o crime. Ela era natural de Lábrea, município a 610 km de Manaus, e estava na lista elaborada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) de pessoas ameaçadas de morte na Amazônia por conflitos agrários.

Fonte: G1 AM

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