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Em Rondônia, projeto de piscicultura com o pirarucu chama a atenção


O estado de Rondônia conseguiu, graças a iniciativa de agricultores corajosos, desenvolver um dos projetos mais importantes da piscicultura brasileira. É a criação em cativeiro, e em escala comercial, do peixe considerado o gigante da Amazônia, o pirarucu.

O pirarucu é um animal pré-histórico, chamado de gigante da Amazônia, pode alcançar 300 quilos e em água doce é o maior peixe de escama do mundo. No município de Pimenta Bueno, a 500 quilômetros de Porto Velho, fica a fazenda de peixe Boa Esperança.

Megumi Yokoyama é filho de japoneses, mas é conhecido na região como Pedrinho. Pedrinho formou-se em São Paulo em contabilidade, mas fez fama em Rondônia como piscicultor. Ele chegou ao estado no início dos anos 70, pegou uma grande faixa de terra, mas logo percebeu que a colonização trazia progresso, mas também devastação.

Com a intenção de formar matrizes, ele foi, então, ao Amazonas e conseguiu comprar de pescadores 800 filhotes. O começo foi um desastre. Dos 800 alevinos, 500 morreram de cara. Os outros engordavam, mas não se reproduziam. Pedrinho, então, começou a doar pirarucus para os vizinhos.

Rondônia é um estado rico em água, tem muitas veredas e quase toda fazenda tem seu açude, sua represa. Há muitos projetos de piscicultura, aliás, dos mais desenvolvidos da região Norte.
A iniciativa de Pedrinho acabou pulverizando matrizes de pirarucu por várias fazendas de Rondônia. Em 2005, o Sebrae viu nessas criações isoladas uma oportunidade de negócio, estimulou pesquisa, deu assistência técnica e em 2011, uma empresa que já trabalha com exportação de peixes nativos, instalou uma unidade em Pimenta Bueno e organizou a primeira produção em escala comercial de pirarucu de cativeiro do Brasil.

O zootecnista Thiago Ishizima, diretor de pesquisa da Mar & Terra, diz que, além do suporte de agroindústria, que não havia na região, o principal investimento da empresa é na reprodução, que sempre foi o grande gargalo na criação do pirarucu.

A criação comercial da maioria dos peixes se baseia na reprodução artificial. O pirarucu não aceita isso, tudo tem que ser feito naturalmente e de certa forma, semelhante ao que acontece com os humanos. Pirarucu gosta de formar casal.

Umedecido, o pirarucu pode ficar 30, 40 minutos fora d´água sem problemas pela sua constituição, mais para anfíbio do que para peixe.
Ele tem pulmão e respira.
O macho se distingue da fêmea pelo vermelho vivo que apresenta na ponta das escamas, aliás, ele se chama pirarucu por causa disso, pira quer dizer peixe e urucum, vermelho. Na parte da cauda, ele é mais escuro.

O americano, já casado com brasileira, Martin Halverson é o consultor desse projeto de produção industrial de pirarucu em Rondônia.

Fonte: Globo Rural

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