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Rodoviários em greve fazem passeata para esclarecer população, em RO




Greve de ônibus em Porto Velho teve início nesta segunda-feira. 
Trabalhadores vão negociar volta ao trabalho em audiência no TRT.



Motoristas, cobradores, mecânicos e demais trabalhadores das duas empresas de transporte público de Porto Velho fizeram passeata nesta segunda-feira (5) no Centro da cidade para explicar à população o motivo da greve iniciada nas primeiras horas do dia. Os grevistas alegam estar sem acordo coletivo desde julho deste ano e exigem uma solução sobre o início das atividades da nova empresa de ônibus da capital.
A prefeitura disse que não pode interferir nas negociações do dissídio coletivo e os representantes das empresas não se pronunciaram sobre o assunto. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo do Estado de Rondônia (Sintetuperon), Edilson Pereira, uma audiência será realizada na tarde desta segunda, no Tribubal Regional do Trabalho (TRT) para discutir a paralisação.

A passeata teve início na praça da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, seguindo pela avenida Sete de Setembro até a avenida Nações Unidas. Cerca de mil trabalhadores participaram do movimento, que, segundo o Sintetuperon, foi proposto pelo próprios motoristas e cobradores para esclarecer a população. "O maior prejudicado são os passageiros, por isso estamos aqui tentando explicar o que está acontecendo", disse Edilson Pereira, presidente do sindicato.
Francisco Ângelo é motorista da empresa Rio Madeira há 12 anos e teme que não seja contratado pela Ocimar Veículos, a nova companhia que deveria ter começado as atividades no último dia 7, mas descumpriu o prazo. "Eu já tenho 55 anos. Quem me garante que eu serei contratado?", questiona.
Para o cobrador de ônibus Alisson Neves, apesar de afetar diretamente os passageiros, a greve foi a única alternativa da categoria. "Estamos cientes que quem mais é prejudicado é a população, mas a culpa não é nossa, esperamos que os usuários tenham paciência", pediu o trabalhador.

Negociações
O presidente do Sintetupero explica que os trabalhadores esperam um posicionamento da prefeitura sobre o futuro da categoria, após a troca das concessionárias de transporte coletivo. Conforme Edilson Pereira, o acordo coletivo dos funcionários das empresas Rio Madeira e Três Marias venceu no último dia 30 de junho. Em 6 de julho, os trabalhadores paralisaram as atividades, reivindicando 19% de reajuste salarial e aumento nos vales alimentação e refeição. As reivindicações deveriam ter sido negociadas no dissídio coletivo, que não foi fechado.
Como o processo de troca das companhias de ônibus estava em andamento, o Tribunal Regional do Trabalho solicitou, em 8 de julho, o adiamento da greve e das negociações do novo acordo por 60 dias. O prazo seria suficiente para o início das atividades da Ocimar Comércio de Automóveis, de Taboão da Serra (SP), que venceu a concorrência para o contrato emergencial de transporte público de Porto Velho. No entanto, a companhia não conseguiu colocar os carros nas ruas em 7 de agosto e pediu mais tempo à prefeitura. O pedido ainda está em análise.
"Enquanto isso, os trabalhadores ficam no meio, sem reajuste de salários, de vale alimentação e refeição. Até mesmo atrasos de salários a gente tem sempre", reclama Edilson, dizendo que o sindicato foi informado que o prefeito, Mauro Nazif, não se encontra na cidade e só poderia atender a categoria na próxima quinta-feira (8). "Nossa categoria não concorda, pórem iremos até o TRT hoje à tarde ver como irá ficar nossa situação."
A audiência no Tribunal Regional do Trabalho está marcada para as 15h30. O Ministério do Trabalho e Emprego, representantes da prefeitura e o Ministério Público do Trabalho foram convidados para participar da reunião.
Fonte-G1/RONDÔNIA.