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Futuro da cafeicultura de Rondônia está na qualidade e abertura de novos mercados


A cafeicultura de Rondônia tem passado por transformações positivas nos últimos anos, com aumento da eficiência. A produtividade cresceu quase 100%, com redução de 43% da área plantada, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O desafio encarado agora pelos 22 mil produtores é a melhoria da qualidade e a conquista de novos mercados.

Os incentivos são muitos e os maiores cuidados estão na colheita e pós-colheita do café, que interferem na manutenção da qualidade dos frutos, ou seja, são nessas duas etapas que o produtor precisa se atentar às recomendações técnicas para evitar a depreciação do seu produto. Para se ter uma ideia, um produtor que colhe o café verde, em média, precisará de 21 latões para obter uma saca de café de 60 quilos beneficiada. O mesmo produtor que esperar o momento ideal para a colheita, com pelo menos 80% dos frutos maduros, precisará de apenas 18 latões para a mesma saca. Apenas observando-se o rendimento, o produtor que preza pela qualidade ganha cerca de 25% em massa de grãos. Considerando um valor médio de R$350 a saca, isso pode representar R$87 a mais em cada saca para o produtor. 

Concurso de Qualidade incentiva produtores

Outro incentivo aos cafeicultores de Rondônia é o Concurso de Qualidade do Café, iniciado em 2016 no estado. Sua segunda edição foi lançada esta semana, denominado agora Concafé. O evento homenageia e premia os bons exemplos que vêm do campo, tanto em qualidade como em sustentabilidade.

Ao criar um concurso para identificar e premiar produtores de café de Rondônia, o governo estadual agregou instituições como Empresa Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RO), Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RO) e a Câmara Setorial do Café, incentivando, assim, maior investimento em tecnologias para a melhoria da qualidade da cultura na região. 

As inscrições para o Concafé estarão abertas a partir do dia 10 de abril nos escritórios locais da Emater-RO, em todos os municípios do estado. Serão R$ 25 mil em prêmios distribuídos para as três primeiras colocações, na categoria qualidade da bebida e no melhor café produzido com sustentabilidade em Rondônia. O produtor interessado em participar do Concafé de poderá acessar o regimento do concurso no portal da Emater-RO pelo endereço: www.emater-ro.com.br. 

Novos mercados para o café de Rondônia

O café sempre foi classificado em função de critérios físicos e sensoriais de qualidade e tem sido uma busca constante dos produtores mais avançados. A qualidade do café consiste em uma mistura entre genética, ambiente e manejo adequado. Está vinculada também com as atividades de colheita e pós-colheita e representam uma forma de valorização do produto, explica o pesquisador Enrique Alves. Enquanto o mercado de cafés finos cresce a uma taxa superior a 15%, o tradicional, conhecido como “commodities” não ultrapassam 3%. “Isso demonstra que existe um mercado consumidor crescente que está disposto a pagar preços diferenciados por qualidade”, comenta Alves.


Se o mercado de cafés finos para os cafés do tipo arábica já é uma realidade, com conceitos definidos e bastante consolidados. Para os cafés canéfora (conilon e robusta) ainda são tratados como novidade e exceção à regra. Mas, o que alguns produtores enxergam com incerteza e desconfiança, já têm sido encarado como oportunidade de evolução da cafeicultura para um novo patamar, pelos que veem o café do futuro.

Em Rondônia, o que existe de concreto é que a busca pela excelência na produção tem melhorado a média da qualidade do café produzido. Os produtores têm vantagens por produzir em uma região com clima e solo favoráveis ao desenvolvimento das plantas de café, em que, o regime e distribuição de chuvas permitem altas produtividades mesmo quando cultivados em situação de sequeiro. Esta condição favorável, explica o pesquisador, também permitiu a seleção de materiais genéticos mais exigentes, como é o caso da variedade botânica robusta. Isto quer dizer que, apesar de ser o quinto maior produtor de café do país e o segundo da espécie canéfora (conilon e robusta), pode vir a ser reconhecido como um dos principais produtores de robusta do mundo.

(Fonte: Embrapa Rondônia)

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