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Nuzman renuncia à presidência do COB

Advogados de Nuzman leram carta em que ele renuncia à presidência da entidade, durante a Assembleia Geral Extraordinária. Nuzman estava em seu sexto mandato como presidente do COB, que se encerraria em 2020.

Carlos Arthur Nuzman renunciou ao cargo de presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), nesta quarta-feira (11). Ele estava em seu sexto mandato à frente da presidência do COB, que se encerraria em 2020. Nuzman foi preso na quinta-feira (5), durante a operação Unfair Play, no Rio.
Advogados de Nuzman foram à Assembleia Geral Extraordinária, na sede do Comitê, e leram uma carta em que ele renuncia à presidência da entidade. A assembleia foi convocada pelo presidente em exercício, Paulo Wanderley, e reúne representantes de 30 confederações esportivas.
Aceita a renúncia de Nuzman, a questão da sucessão no COB está sendo discutida pelos dirigentes na tarde desta quarta-feira. Há a possibilidade de que uma eleição para a presidência da entidade seja convocada ainda nesta assembleia.
Pelo estatuto do COB, em caso de vacância da presidência, assume automaticamente o vice, que no caso é Paulo Wanderley, eleito na chapa de Nuzman. A assembleia do COB vai marcar uma votação para escolher um novo vice-presidente, cargo que fica vago com a ascensão de Wanderley à presidência do Comitê. Entretanto, ainda não há data marcada para a votação, nem foram definidas as regras para as candidaturas.
Presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Miguel Cagnoni foi o primeiro dirigente a deixar a assembleia.
Ele disse que uma comissão formada por três membros foi escolhida para adequar o estatuto do COB às exigências do Comitê Olímpico Internacional (COI).
Entre as modificações exigidas está a maior participação dos atletas na tomada de decisões da entidade.
Da comissão que vai modificar o estatuto do COB fazem parte os presidentes das confederações de Vela, Atletismo e Esgrima, além do judoca Tiago Camilo, como representante dos atletas.
Presidente do COB, Paulo Wanderley afirmou que a comissão formada nesta quarta-feira para modificar o estatuto da entidade não foi criada devido à prisão de Nuzman. "Isso já vinha sendo gestado aqui no Comitê. Essas mudanças são necessárias e serão implementadas em 45 dias", afirmou.


O dirigente disse que a renúncia de Nuzman já era aguardada, mas ainda permanecia uma incógnita. "Mas é sem dúvida um gesto que trouxe alívio a todos nós do COB".
Paulo Wanderley afirmou também que foi eleito para um mandato de quatro anos e que tem respaldo do estatuto para permanecer no cargo até o fim do prazo, em 2020.
Questionado sobre os escândalos de corrupção envolvendo dirigentes esportivos brasileiros dos últimos 30 anos, Paulo Wanderley disse que seu nome não engrossará a lista. "Uma coisa posso implementar: dar segurança ao público de que as coisas serão corretas no COB. Aqui se delega, mas também se fiscaliza", garantiu.

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