Magistrado concluiu que Vânia não se mostra capaz, no momento, de retornar ao convívio social. Jovem foi diagnosticada com transtorno de personalidade antissocial.
A 2ª Vara Criminal determinou que Vânia Basílio Rocha, de 23 anos, continue presa no regime fechado, em Vilhena (RO), na região do Cone Sul. A decisão foi proferida na segunda-feira (24). Embasado na nova avalição psiquiátrica da jovem, o juiz Adriano Lima Toldo concluiu que ela não se mostra capaz, no momento, de retornar ao convívio social. Vânia foi condenada por matar o ex-namorado a facadas no ato sexual, em dezembro de 2015.
O magistrado ressaltou na decisão que, para progressão de regime, Vania já cumpriu a fração da pena exigida. Contudo, a jovem foi considerada semi-imputável, ao ser diagnosticada com transtorno de personalidade antissocial.
Dessa forma, o judiciário pediu uma nova avaliação psiquiátrica da jovem. O exame foi feito no fim de agosto desse ano. Segundo o magistrado, o laudo concluiu que a presa mantém o mesmo comportamento do primeiro exame, realizado em 2016, “mantendo-se igual a sua periculosidade e a real possibilidade de vir a cometer novo crime grave como o que cometeu”.
O juiz destacou que Vânia recusou-se a dar continuidade ao tratamento terapêutico. “Note-se que a desistência do tratamento foi relevante para que a reeducanda não atingisse a capacidade de autoquestionamento quanto o seu comportamento e convicções, entendimento acerca do caráter ressocializador da pena”, enfatizou o magistrado.
Diante disso, o juiz indeferiu a progressão para regime o semiaberto, pois Vania, no momento, não demonstra discernimento e arrependimento sobre o crime.
“É indispensável que a reeducanda se submeta ao tratamento terapêutico para que possa, no futuro, retomar o convívio social, desde que se apresente com entendimento acerca da necessidade de tolerância com frustrações, conflitos, contradições, perdas e danos na relação com indivíduos da sociedade, como consta do laudo”, explicou.
A presa deve retomar o tratamento psiquiátrico e psicológico para futura avaliação. Ela continua presa no regime fechado no presídio feminino de Vilhena. Ao G1, a defesa disse que o defensor público, George Barreto, ainda vai analisar a decisão para depois verificar a possibilidade de recurso.
Vania matou o ex a facadas durante o ato sexual, na casa dele, em dezembro de 2015. Na época, ela confessou o crime e disse: "queria matar alguém". Antes do assassinato, a jovem chegou a escrever um post no Facebook, afirmando não ter sido uma má namorada.
Um laudo feito meses depois da prisão apontou que Vania é sociopata. No júri em que foi condenada, em setembro de 2016, a acusada fez cara de fúria ao ouvir a sentença. Em setembro de 2017, a jovem foi agredida por uma detenta e chegou a sair para registrar boletim de ocorrência.
Fonte G1/ro.
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