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Trump perde maioria na Câmara, mas amplia bancada republicana no Senado dos EUA



Após 8 anos, Partido Democrata volta a ter maioria de deputados e pode complicar 2ª metade do mandato de Trump ao rejeitar projetos de interesse do presidente, além de fazer pedidos de investigação contra o governo.

O Partido Democrata conquistou a maioria da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos pela primeira vez em oito anos. O resultado das eleições legislativas significa uma derrota parcial para o presidente Donald Trump, já que o seu partido, o Republicano, ampliou sua vantagem no Senado.

As “midterms” (eleições de meio de mandato) desta terça-feira (6) definiram uma nova Câmara e renovaram um terço do Senado, além de mais de 75% dos governos estaduais. Veja os destaques:

Câmara: até o momento, democratas elegeram 219 deputados e republicanos, 193.
Senado: democratas conseguiram 45 vagas e republicanos, 51 vagas.
Estados: serão ao menos 25 governadores republicanos e 22 democratas (três estados ainda não divulgaram resultados). O partido Democrata ganhou em locais onde Trump foi vitorioso em 2016, como o Kansas, Nevada e Michigan.
Análise: opositores de Trump avançaram nas urnas, mas as vitórias foram menores e mais apertadas do que se previa.
Câmara
Todas as 435 cadeiras da Câmara estavam em disputa, e um partido precisava de 218 eleitos para garantir a maioria. Para os democratas, isso significava ter que "roubar" 24 postos de seus adversários, o que eles conseguiram. No momento em que os democratas conseguiram 219, o partido de Trump somava 193 deputados eleitos.

Com o domínio democrata na Câmara, os opositores do presidente também passarão a ocupar mais cargos nas comissões internas e prometem ampliar as investigações sobre seu governo.

No Twitter, antes mesmo da apuração oficial indicar que integrantes do partido de Barack Obama comandariam a Câmara dos Representantes, Trump minimizou o revés:
Para o colunista do G1 Helio Gurovitz, a comemoração faz sentido: "O placar foi mais apertado do que os democratas gostariam", avaliou.

"Apesar de não ter protagonizado o tsunami que desejava, a oposição sairá com um saldo positivo em torno de 34 cadeiras, algo como 229 dos 435 votos. É o suficiente para rejeitar qualquer iniciativa legislativa do Executivo e até para denunciar o presidente num processo de impeachment (nos Estados Unidos, a denúncia exige maioria simples na Câmara; a condenação, dois terços no Senado)."

Os deputados democratas podem barrar, por exemplo, a liberação de fundos para construção de um muro na fronteira com o México, rejeitar um segundo grande pacote de cortes fiscais e impedir a aplicação de mudanças nas políticas comerciais, como desejava Trump.

A nova Câmara terá ainda a habilidade de investigar as declarações fiscais de Trump, possíveis conflitos de interesse empresariais e alegações envolvendo a campanha do presidente em 2016 e a Rússia.

Segundo o chefe de gabinete da líder democrata Nancy Pelosi, o presidente Donald Trump telefonou para ela para cumprimentá-la pela vitória democrata na Câmara. Ele a agradeceu pelo chamado ao bipartidarismo que ela fez em seu discurso, disse Drew Hammil no Twitter.

Ao falar a eleitores e membros do Partido Democrata em Washington, Pelosi foi recebida aos gritos de “presidente, presidente”, em uma indicação de seu favoritismo a ocupar a posição de presidente da Câmara. "Graças a vocês ganhamos terreno. Graças a vocês, amanhã será um novo dia na América", disse ela em seu discurso.

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