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Corpo de Dom Moacyr Grechi é velado na Catedral Sagrado Coração de Jesus em Porto Velho

Arcebispo emérito morreu na noite de segunda-feira (17), na capital. Corpo será enterrado no sepulcro da catedral na quarta-feira (19), após a Santa Missa Exequial.

Padres, fiés e amigos começaram a se reunir na Igreja Catedral Metropolitana Sagrado Coração de Jesus, em Porto Velho, logo nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (18), para dar o último adeus a Dom Moacyr Grechi. O arcebispo emérito faleceu na noite de segunda-feira (17), em um hospital particular da capital.

Além da primeira missa das 8h, outras duas estão previstas para o dia: as 12h e as 18h15. O corpo de Dom Moacyr será enterrado no sepulcro da catedral na quarta-feira (19), após a Santa Missa Exequial, marcada para as 9h, destinada a pessoas que possem alguma importância dentro da comunidade católica.


A informação sobre o falecimento de Dom Moacyr foi confirmada ao G1 pela irmã Maria de Fátima Gonçalves, que convivia com o religioso, e pela assessoria dele. Irmã Fátima explicou que Grechi teve duas paradas cardíacas e vinha reclamando de dores abdominais. Ele deu entrada em um hospital particular da cidade na última sexta-feira (14).

Em nota, a Arquidiocese de Porto Velho lamentou a morte do arcebispo emérito e disse que Dom Moacyr vinha "tratando de uma infecção" (veja na íntegra abaixo).

"Ele teve a primeira parada por volta das 15h (segunda-feira). Depois foi reanimado pelos médicos, mas voltou em estado grave. Agora a noite teve a segunda, mas não voltou", explicou irmã Fátima.

De acordo com o Padre Valdecir Luiz Cordeiro, na segunda, Dom Moacyr precisou ser encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital onde seguia internado. "Ele estava mesmo com problemas abdominais", ressaltou.

Em julho de 1998, Dom Moacyr Grechi, que era natural de Santa Catarina, foi nomeado arcebispo de Porto Velho. Ele se tornou arcebispo emérito no dia 30 de novembro de 2011.

Foi ordenado padre em 1961, aos 25 anos. Em julho de 1972, Grechi foi indicado bispo prelado no Acre. Na capital Rio Branco, Dom Moacyr apresentou a teologia da libertação para sindicalistas como Chico Mendes e Marina Silva. Além disso, foi apoiador de lutas populares na Amazônia.

"Ele fez mestrado em teologia em Roma. Era um homem de grande erudição, lia em diversos idiomas, tinha senso de humor apuradíssimo, exímio orador, capaz de entusiasmar a audiência desde as primeiras palavras. Destacava-se pela lealdade às pessoas, amigo dos pobres, que defendeu por toda a vida. Era um grande promotor da leitura popular da bíblia, deu grande impulso às comunidades eclesiais de base (CEBs), as quais se estruturam a partir da centralidade da Palavra de Deus, contra as estruturas de pecado social que causam pobreza e desigualdade social", declarou Padre Valdecir.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu uma nota na manhã desta terça-feira lamentando a morte do arcebispo. Em alguns trechos, a CNBB relembra parte do legado deixado por Dom Moacyr, como a criação da Faculdade Católica de Rondônia e a Comissão Justiça e Paz.

"Sempre sensível à causa dos que sofrem, assumiu a defesa dos indígenas, dos seringueiros e dos trabalhadores rurais. Foi um dos criadores do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e da Comissão Pastoral da Terra (CPT), entidade que presidiu por oito anos. Além disso, participou da criação da Faculdade Católica de Rondônia, bem como da Comissão Justiça e Paz. Atuou ainda como delegado da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na Conferência de Aparecida que aconteceu em maio de 2007. Dom Moacir também era membro da Comissão da Amazônia, embora nos últimos tempos estivesse afastado por razões de saúde".
Fonte G1/RO.

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