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'Cheguei a tremer', diz delegada após ver vídeos de tio estuprando sobrinha com paralisia infantil

 Vídeos foram apreendidos após enteada do suspeito mexer no celular, em Porto Velho. Homem foi preso, mas não falou nada em depoimento; esposa dele também nega o estupro, mesmo vendo as imagens.



A delegada Adrian Vieira da Costa, que investiga o caso do tio preso por filmar e estuprar a sobrinha com paralisia infantil, afirma ter ficado chocada ao apreender os vídeos que mostram o crime contra a menina de 14 anos em Porto Velho. "Eu cheguei a tremer quando vi", revela.


O suspeito foi denunciado à polícia pela enteada de 12 anos, que pegou o celular do padrasto para usar as redes sociais e, ao entrar na galeria, viu vídeos do suspeito beijando, acariciando e abusando da sobrinha dele.


Ao G1, a delegada Adrian Viero da Costa, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), destacou que teve repulsa ao assistir as imagens entregues à polícia.


"Crimes atrozes, infelizmente fazem parte do nosso cotidiano, mas quando assisti os vídeos não consegui acreditar, cheguei a tremer. Não tenho palavra para descrever aquilo", desabafa a delegada.

Segundo a delegada, a gravação mostra com clareza que a menina de 14 anos não teve e não tinha condições, por conta da paralisia, de oferecer resistência ao abuso sofrido pelo suspeito.


"Ela [vítima] não tinha como relatar o que acontecia com ela. Ela não tem como contar", conta

Os vídeos obtidos pelos policiais mostram ainda quem uma terceira pessoa filmava toda a ação do suspeito na casa.


"Ao que tudo indica ele não fez sozinho. Há um trecho no vídeo que, observado, é uma voz feminina falando: 'chegou alguém'. Essa pessoa da voz feminina tem intimidade com ele, pois ela tem acesso na casa. A companheira dele [do suspeito] disse que ninguém entra lá", afirma o delegado Jesus Boabaid, que estava no plantão na Central de Flagrantes no dia que o caso foi denunciado.


A ocorrência foi registrada na Central de Flagrante de depois segui para a DPCA — Foto: Jheniffer Núbia / G1

A ocorrência foi registrada na Central de Flagrante de depois segui para a DPCA — Foto: Jheniffer Núbia / G1


Outro fato que causou estranheza, segundo o delegado, foi o comportamento da esposa do suspeito, pois a todo tempo do depoimento ela se manteve firme ao lado dele.


"Ela disse que não acreditava que ele tivesse feito alguma coisa, mesmo ela vendo o vídeo, que mostra com nitidez o rosto dele. A filha dela não confiou em contar pra ela sobre os vídeos. A menina não queria voltar pra casa", afirma.

Crime e depoimentos

O crime foi denunciado à polícia, no último final de semana, pela enteada do suspeito, uma menina de 12 anos.


"A enteada pediu o celular emprestado do suspeito, para utilizar as redes sociais. Quando ele entrou na galeria encontrou vários vídeos do suspeito abusando da vítima. Ela mandou pra duas colegas pra salvar e contou a uma terceira pessoa, que assustada, a orientou avisar a polícia. A enteada, com medo, não sentiu confiança de contar para mãe, mas falou pra tia, que é mãe da vítima pra ela tomar conta da menina e não deixar nem um homem chegar perto dela, a tia ficou preocupada, mas não entendeu", diz o delegado Jesus Boabaid.


"A noite ela teve coragem, por volta das 20h, e ligou pra Polícia Militar. A PM foi até o local, localizou a mãe e também o suspeito e apresentou todo mundo na Central de Flagrantes. Esse caso aconteceu no sábado (9), esse é o problema. Eles foram apresentados na segunda (11), de manhã. Recebemos a ocorrência e fomos coletar tudo oficialmente", conta.


O delegado Jesus Boabaid diz que o homem, mesmo diante dos vídeos em depoimento, preferiu não falar nada durante o interrogatório.


"Ele assistiu o conteúdo [vídeos] e permaneceu calado, mas olhando pra ele, ele confessava com os olhos, mas não podia falar. Ele estava com os advogados, é um direito dele e nós o respeitamos", diz.

Prisão preventiva

A agilidade na prisão preventiva do suspeito se tratou de uma estratégia policial. Ele foi localizado na casa de parentes.


"Os pais da vítima estavam traumatizados e revoltados. Imagina se esse homem fica solto? Foi preciso uma ação rápida para colocar os suspeito atrás das grades. Foi uma resposta muito rápida da máquina da segurança. O juízo, também de pronto conseguiu as medidas. Isso tudo aconteceu de madrugada", conta o delegado.


O suspeito foi preso preventivamente na terça-feira (12) e encaminhado ao Presídio Provisório situado no Urso Branco, em Porto Velho.


Toda a operação, até o momento da prisão preventiva, busca e apreensão na residência do suspeito a e quebra de sigilo de dados telefônicos, aconteceu em menos de 20 horas.


A ação para prisão do suspeito também contou com agentes da Policia Militar, Policia Civil e Polícia Rodoviária Federal.

Fonte G1/RO

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