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PF prende chefe de grupo criminoso que desmatou 1,6 milhão de hectares e incendiou reserva ambiental de RO

Suspeito incitou pessoas a invadirem reserva Margarida Alves em Nova União. Foram expedidos sete mandados pela Justiça em Rondônia; seis são de busca e apreensão e um de prisão.





A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação nesta sexta-feira (19) para prender o chefe de um grupo criminoso que desmatou 1,6 milhão de hectares e provocou incêndios de grandes proporções após invadir a reserva ambiental Margarida Alves em Nova União (RO).

Ao todo, a operação Coordenação cumpre sete mandados judiciais, sendo seis são de busca e apreensão e um de prisão.

Segundo a PF, todos os investigados são responsáveis por causar queimadas em blocos do Assentamento Margarida Alves no ano passado.

Cerca de 30 agentes participam da Operação Coordenação nas cidades de Nova União, Mirante da Serra e Ouro Preto do Oeste.

Como o grupo agia?
Segundo a PF, o líder da organização criminosa instigava os invasores a ocupar a reserva Margarida Alves, sob o pretexto de que a área seria regularizada junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).




Muitas pessoas da região de Nova União acreditaram nas promessas e atenderam ao pedido do chefe do bando.

Após invadir o local, o grupo desmatava a área de floresta e provocava grandes queimadas. Um dos incêndios na região foi registrado em agosto do ano passado.

Quanto foi desmatado?
Uma perícia realizada na reserva descobriu que o grupo criminoso desmatou 1,6 milhão de hectares, causando um dano ambiental de R$ 3,5 milhões.




"O custo para a recuperação ambiental da área foi calculado em R$ 2,9 milhões. Com isso o grupo gerou um prejuízo para União em torno de R$6,5 milhões", afirma a PF.

Como o esquema foi desvendado?
Após a PF deflagrar a Operação Illusio, em dezembro do ano passado, foi descoberto que aproximadamente 210 pessoas invadiram e repartiram a reserva Margarida Alves em 07 glebas, as quais foram denominadas pelos invasores como "comunidades".

A investigação aponta que cada um dessas setes comunidade tinha uma liderança.

"Os levantamentos realizados culminaram na identificação da liderança do grupo invasor e de outras pessoas que auxiliaram o grupo na empreitada criminosa", diz a polícia.




 De acordo com a polícia, todos os envolvidos têm residência fixa, "o que corrobora com os indícios de que o interesse na aquisição das terras tem apenas o objetivo de possuir novas propriedades rurais sem maiores gastos financeiros, bem como de efetuar a posterior comercialização".


Todos os investigados na Operação Coordenação responderão por estelionato e associação criminosa, incêndio e desmatamento, e invasão de terras públicas.

Fonte G1/RO

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