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Leite de vaca clonada argentina, que produz leite semelhante ao materno, terá grande impacto

 
O leite produzido pela vaca argentina Rosita ISA - o primeiro bovino a obter genes humanos incorporados ao seu código genético - se assemelhará em grande parte ao leite materno humano, com propriedades antibacterianas e antivirais de grande impacto no sistema imunológico dos bebês, dizem os pesquisadores.

Segundo os cientistas, quando Rosita chegar à idade adulta, seus genes serão capazes de codificar as mesmas proteínas presentes no leite materno. "Trata-se de uma descoberta de grande importância para as mães e seus bebês", disse nesta sexta-feira Adrián Mutto, um dos cientistas que participam do projeto.

A vaca foi apresentada em teleconferência com a Casa Rosada, sede do governo argentino, onde a
presidente Cristina Kirchner disse ter rejeitado a "homenagem" de ver a vaca batizada com seu nome.

"Vieram me dizer que o nome seria Cristina, mas que mulher gostaria de ter seu nome numa vaca? Por isso me pareceu mais apropriado que a batizassem de Rosita", disse a presidente.

Rosita ISA nasceu no dia 6 de abril "por cesariana, devido ao seu peso excessivo (45 kg), sendo que geralmente os bovinos da sua raça (Jersey) não passam de 22 kg", disse o Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) através de um comunicado.

"O objetivo é elevar o valor nutritivo do leite bovino através da produção da proteína lactoferrina - que é antibacteriana e antiviral - e da lisozima - também atibacteriana", disse Mutto em coletiva de imprensa.

O INTA obteve a clonagem através de um trabalho conjunto com a Universidade Nacional de San Martín.

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