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No AM, nova busca por desaparecidos na Transamazônica deve durar 36h


Após três dias de investigações, as forças de segurança reiniciaram, nesta segunda-feira (29), as buscas por um grupo de homens desaparecidos na BR-230 (Rodovia Transamazônia). Desta vez, os trabalhos devem durar 36 horas. A operação está concentranda no km 130 da Rodovia. Navegadores e equipes de comunicação acompanham a ação. Desde o dia 25 deste mês, os conflitos entre fazendeiros, madeireiros e indígenas se agravaram na região - que abriga os municípios de Manicoré, Apuí e Humaitá. Moradores da área culpam os índios Tenharim pelo sumiço dos homens, que teriam sido vistos pela última vez nas proximidades de uma aldeia da etnia.

Por volta de 5h desta segunda, cerca de 140 índios que estavam abrigados no 54º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), em Humaitá, município no Sul do Amazonas a 590 km de Manaus, foram levados pelo Exército e Polícia Federal de volta para as aldeias. Apenas seis índios estão no Batalhão e devem serão levados para Porto Velho, em Rondônia, para receber atendimento médico. Segundo informações do Exército, entre os indígenas havia cinco caciques da etnia Tenharim e outros das etnias Parintintin, Diahoi e Pirahã.

Conflitos

O Sul do Amazonas sofre com constantes conflitos agrários. Há suspeitas de que a tensão na área se agravou após o desaparecimento de três homens na Transamazônica. Moradores da área culpam a etnia Tenharim de fazer o grupo refém dentro da reserva indígena, localizada na divisa entre os estados de Rondônia e Amazonas. Segundo eles, a suposta ação dos indígenas seria uma retaliação pela morte do cacique Ivan Tenharim. A polícia afirma que a liderança indígena morreu atropelada no início do mês de dezembro. Os indígenas suspeitam de assassinato, segundo Marcos Apurinã, vice-presidente da Articulação dos Povos Indígenas de Rondônia (AIR).

De acordo com o coronel Antônio Prado, comandante do 54º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), no dia 24, véspera de Natal, familiares e amigos dos desaparecidos interditaram a balsa que faz a travessia do Rio Madeira, em Humaitá.

No dia 25 deste mês, moradores de Apuí e Humaitá promoveram diversas manifestações para cobrar agilidade da Polícia Federal de Rondônia (PF-RO) nas buscas pelos homens que desapareceram na rodovia. Os manifestantes chegaram a atear fogo nas sedes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) de Humaitá e em bens das instituições.

Após os ataques, 143 índios Tenharim passaram a receber segurança do Exército no 54º BIS, em Humaitá. Na tarde de sábado (28), foram iniciadas as buscas - dentro da reserva indígena - pelos homens desaparecidos. A operação parou na noite de sábado e foi retomada na manhã de domingo (29). De acordo com o 54º BIS ainda não há novas informações sobre as buscas. Cerca de 400 homens do Exército, Polícia Federal, Força Nacional, Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal atuam na operação.

Fonte: G1 AM

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