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Pobres pagam “preço amargo” de “soluções superficiais” no Brasil, diz Papa a Temer.


Além de recusar o convite de Michel Temer para visitar o Brasil, o papa Francisco chamou a atenção do presidente da República de que os problemas brasileiros, “sobretudo com os mais pobres” que “pagam o preço mais amargo e dilacerante de algumas soluções fáceis e superficiais”, vão “muito além da esfera meramente financeira”.

As afirmações foram colocadas em uma carta do papa Francisco a Temer, negando o convite do mandatário, no fim de 2016, que convidava o líder da Igreja Católica a participar das celebrações dos 300 anos da aparição de Nossa Senhora Aparecida, que serão comemorados neste ano. O Papa afirmou que não poderia visitar o país devido a sua intensa agenda.


Na correspondência, o papa deu outros recados a Temer. Disse que está “rezando pelo país” e que acompanha “com atenção” os acontecimentos da maior nação da América Latina. Em clara referência às tentativas de aprovação das reformas, como a da Previdência, a Trabalhista, além do próprio Teto dos Gastos já em vigor, o Pontífice afirmou que “não se pode confiar nas forças cegas e na mão invisível do mercado”.
E foi além: “Sei bem que a crise que o país enfrenta não é de simples solução, uma vez que tem raízes sócio-político-econômicas, e não corresponde à Igreja nem ao Papa dar uma receita concreta para resolver algo tão complexo”.

Continuando: “Porém não posso deixar de pensar em tantas pessoas, sobretudo nos mais pobres, que muitas vezes se veem completamente abandonados e costumam ser aqueles que pagam o preço mais amargo e dilacerante de algumas soluções fáceis e superficiais para crises que vão muito além da esfera meramente financeira”.

No último ano, durante a inauguração de uma imagem de Nossa Senhora Aparecida no Vaticano, Francisco já havia manifestado que o Brasil estava passando por um “momento triste”, em referência à crise política, desde o impeachment de Dilma Rousseff. O papa também havia enviado uma carta não oficial em apoio à ex-presidente.
Fonte: Artigo originalmente publicado pela Revista GGN

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