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Trump anuncia expulsão de 60 russos dos EUA após ataque a ex-espião no Reino Unido.

Medida de Trump também foi adotada por 14 países europeus, que reduziram a presença diplomática da Rússia em seu território. Moscou chama medida de 'provocadora'.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (26) a expulsão de 60 russos - incluindo diplomatas e outros funcionários do governo - de seu território e o fechamento do consulado russo em Seattle. Países europeus e o Canadá também anunciaram medidas contra a Rússia.

A reação em bloco é uma retaliação contra o envenenamento de um ex-espião russo na Inglaterra que, segundo Londres, foi arquitetado por Moscou. O governo russo, que nega o envolvimento no caso, promete responder a cada país na mesma medida em breve, segundo declaração de fontes do ministério de Relações Exteriores à agência Ria.

O chanceler russo, Sergei Larov, classificou a medida tomada por países da União Europeia e da Otan como provocativa e disse que ela pode impulsionar a escalada na tensão das relações internacionais.

Já a premiê do Reino Unido, Theresa May, elogiou os movimentos diplomáticos, que classificou como "um sinal forte" para a Rússia.

Fontes do governo americano afirmam que os russos expulsos eram "espiões trabalhando nos EUA sob uma capa diplomática", de acordo com a Associated Press. Também estão na lista do governo russos que integravam a missão do país nas Nações Unidas.

Os diplomatas e funcionários do governo expulsos terão sete dias para deixar os EUA. Eles não tiveram seus nomes divulgados e, segundo a Associated Press, pediram anonimato. Segundo essas mesmas fontes, o consulado de Seattle recebeu maior atenção por parte dos serviços de inteligência por causa de sua proximidade com a Base Naval dos EUA.

O movimento é uma das ações mais severas do governo Trump em direção a Moscou e ao presidente russo, Vladimir Putin. Menos de uma semana atrás, o líder americano cumprimentou Putin por sua reeleição, mas não entrou no assunto do envenenamento.

Solidariedade
Em solidariedade ao Reino Unido, 14 países europeus e o Canadá adotaram medidas contra Moscou.

A França e a Polônia determinaram a saída de quatro diplomatas cada um. A Ucrânia expulsou 13 diplomatas; e a Lituânia, três diplomatas além de banir 44 russos de entrar em suas fronteiras.

A Itália e a Holanda expulsaram dois representantes diplomáticos. Croácia, Finlândia, Letônia e Romênia baniram um cada.

O Canadá afirmou que quatro diplomatas russos foram expulsos porque tinham ligação com o serviço de inteligência da Rússia e se utilizavam de suas posições para colocar em risco a segurança canadense. A postulação de três diplomatas russos também foram negadas.

Reação Britânica
No último dia 14, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, anunciou a expulsão de 23 diplomatas russos da Inglaterra. Os contatos bilaterais de alto nível com a Rússia também foram suspensos. Em resposta, Moscou também expulsou 23 diplomatas britânicos e suspendeu as atividades do British Council, a organização internacional do Reino Unido para as relações culturais e oportunidades educacionais, em todo o país.

Na semana passada, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, já havia comentado sobre a possibilidade de que os estados-membro da União Europeia adotassem medidas contra Moscou.

Envenenamento
Sergei Skripal, de 66 anos, e sua filha Yulia, de 33 anos, foram contaminados por um agente nervoso na cidade britânica de Salisbury, em 4 de março. Eles foram encontrados inconscientes em um banco da catedral da cidade e foram levados ao hospital, onde estão internados em estado crítico. O caso está sendo tratado como tentativa de homicídio.

Skripal traiu dezenas de agentes russos para a inteligência britânica antes de ser preso, em Moscou, em 2004. Ele foi sentenciado a 13 anos de prisão, em 2006, e em 2010 recebeu refúgio do Reino Unido, após ser trocado por espiões russos.
Fonte-G1/RO.

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