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Atingidos pela cheia de rio no Acre formam fila para pegar água potável doada por morador

 Tarauacá foi uma das cidades do Acre mais atingidas pela cheia e cerca de 28 mil pessoas foram afetadas. Dono de drogaria, também atingido pela cheia do rio, disponibilizou uma torneira com água potável.


Mesmo sendo um dos afetados pela cheia do Rio Tarauacá, na cidade que leva o mesmo nome, Valdicélio da Silva encontrou uma maneira de ajudar. Morador do bairro da Praia, ele tem uma torneira externa de água potável proveniente de um poço artesiano e a população tem recorrido a ela para pegar água limpa.

No sábado (20), quando o rio estava com o nível em 11,05 metros, filas quilométricas com barcos se formaram na frente da casa de Bubu, como é mais conhecido na cidade. Nesta segunda-feira (22), o nível do rio baixou para 9,70 metros e as águas recuaram, mas, mesmo assim, muita gente ainda está usando a água fornecida pelo empresário.

Dono de uma drogaria na cidade, Bubu diz que não parou para contabilizar o prejuízo, mas disse que não pensou duas vezes em ajudar.

“Essa água da minha casa é muito boa e a torneira fica aqui do lado de fora, então, a pessoa chega, abre a torneira e pega a água. Com a cheia, muita gente ficou sem água limpa, então teve gente que no sábado [20] enchia a caixa d’água”, conta.

Mesmo com a baixa do nível das águas do rio, ainda nesta segunda o movimento era intenso na frente de casa. “Essa é uma área muito carente e essa água salva muita gente. Deus é maravilhosa”, diz.
Além da casa, ele teve também a drogaria atingida pelas águas do rio Tarauacá, assim como outras famílias, ele relata que o cenário da cidade é de guerra.

A Defesa Civil aponta que 28 mil pessoas foram atingidas pela cheia do rio em Tarauacá. São 7 mil famílias que foram afetadas de alguma forma com a cheia, ou seja, onde a água do rio chegou desabrigando ou não moradores. Os dados mostram ainda que 77 famílias foram desabrigadas e 38 desalojadas.

Tarauacá foi a cidade com maior número de suspensão de energia em casas, segundo levantamento feito pela Energisa, com 5.888 desligamentos. A energia elétrica foi suspensa para 10.489 clientes de três cidades atingidas pelas cheias: Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Sena Madureira e Rio Branco.

A cidade de Tarauacá está com a situação de emergência reconhecida pela União em decorrência da inundação desde quinta-feira (18). Nesta segunda, saiu no Diário Oficial a declaração de calamidade pública na cidade.



As campanhas em canais oficiais estão sendo feitas pelo:

Ministério Público do Acre
Tribunal de Justiça do Acre
Governo do estado
Apoio do Ministério do Desenvolvimento Regional
Em nota, o Ministério do Desenvolvimento Regional, por meio da Defesa Civil Nacional, informou que está apoiando o estado do Acre desde o início da última semana, com a coordenação do monitoramento realizado pelas agências federais responsáveis.



"Desde quinta-feira, o secretário Alexandre Lucas está no estado para apoiar os municípios nas ações de resposta e atendimento à população afetada, que já chega a cerca de 130 mil pessoas. O secretário tem percorrido as localidades juntamente com o governador e a defesa civil estadual", diz.

Ainda na quinta-feira (18), ocorreu uma reunião virtual para articular todos os órgãos (nacionais, estaduais e municipais) envolvidos nas ações dentro do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil.

"No sábado (20), segundo o ministério, mais quatro técnicos da Defesa Civil Nacional chegaram ao Acre para atuar em conjunto com as defesas civis locais na elaboração dos pedidos de reconhecimento federal de situação de emergência, bem como dos planos de trabalho para solicitar recursos. O objetivo é agilizar os documentos para atender as localidades com a maior urgência possível."

Ainda segundo o ministério, no início desta semana será publicada nova portaria com o reconhecimento por parte da União por conta da inundação dos rios de Rio Branco, Mâncio Lima, Porto Walter, Jordão, Santa Rosa do Purus, Feijó, Rodrigues Alves e Sena Madureira.

Com a medida, as localidades poderão solicitar recursos para ações emergenciais e, posteriormente, para reconstrução de estruturas danificadas.



"Será montada, ainda, uma Sala de Coordenação para articular a atuação dos órgãos federais na região. Além da Defesa Civil Nacional, estão atuando no desastre os Ministérios da Saúde, Cidadania, Infraestrutura (DNIT), Defesa e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, além de órgãos de monitoramento - CPRM e Inmet.

Fonte G1/ACRE

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