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Polícia Civil prende família que pode ter matado 100 pessoas em Rondônia


Crimes ocorreram em um período de dez anos, segundo a polícia. Ao menos 30 assassinatos já estão confirmados como de responsabilidade da família conhecida como 'Mato Grosso'.





A Polícia Civil deflagrou, nesta quinta-feira (1°), uma operação para cumprir 35 mandados de prisão preventiva contra uma organização criminosa conhecida como "Mato Grosso", que pode ter matado até 100 pessoas em um período de dez anos. Os integrantes desse grupo são todos de uma mesma família.

Segundo aponta a investigação da Operação Xeque-Mate, ao menos 30 assassinatos já estão confirmados e relacionados com a "família Mato Grosso".

Dos 35 mandados de prisões autorizados pela Justiça na operação, os agentes conseguiram localizar e prender 31 suspeitos.

Os mandados foram cumpridos nas cidades de Ariquemes (RO), Monte Negro (RO), Ouro Preto (RO), Jaru (RO), Porto Velho, Guajará-Mirim (RO), Costa Marques (RO), Paranatinga (MT) e Sapezal (MT).

"Temos quatro pessoas foragidas, inclusive o líder da organização criminosa, que havia fugido do presídio de Ariquemes no dia 21 de março, mas a polícia segue fazendo diligências", afirma o delegado regional Rodrigo Camargo.
Os policiais cumpriram ainda 21 mandados de busca e apreensão e 21 ordens de afastamento/quebra de sigilo telefônico contra os investigados.

Segundo o delegado, na operação desta quinta-feira foram apreendidas três armas de fogo com o grupo, além de cartuchos, munições e aproximadamente R$ 120 mil em espécie.





Como a família começou a matança?
Segundo a investigação conduzida pelo delegado regional Rodrigo Camargo, há cerca de dez anos a família passou a fazer cobranças em Monte Negro (RO), mediante ameaças e extorsões, contratados por empresários locais.

Por causa disso, a família começou a ficar conhecida no meio criminoso e moradores da região passaram a ter medo. Isso porque os parentes matavam qualquer pessoa que desafiasse ou desrespeitasse a família.

Enquanto os crimes não eram descobertos, segundo a Polícia Civil, a família começou a se sentir "poderosa" e assim foi se estruturando como organização criminosa.

A Polícia Civil diz que muitos dos crimes praticados pela família foram reprimidos, alguns parentes até presos, mas os familiares soltos continuavam assassinando seus rivais.

Além dos homicídios, a Civil investiga outros vários crimes contra o grupo, como:
Extorsão
Tráfico de drogas e associação ao tráfico
Furtos
Assaltos a mão armada
Ameaças
Em coletiva de imprensa, o delegado Lucas Torres, que também participou da operação, explicou como foi descoberto a atuação da quadrilha na região do Vale do Jamari.

"No decorrer dos últimos dez anos, foi possível identificar que diversos dos crimes praticados na cidade de Monte Negro (RO), Vale do Jamari, era praticados. Nós identificamos um grande número de inquéritos instaurados, que visavam cumprir medidas individuais de crimes praticados por cada um dessa família. Com isso, a gente percebeu muito mais do que uma estrutura familiar, mas sim uma organização criminosa com cerca de 40 integrantes", explicou Torres.



 Operação Xeque-mate

Ao todo, 106 policiais participam da operação, que conta ainda com 35 viaturas, quatro cães, um helicóptero, Core, Samu, e Politec.


Aos jornalistas, o delegado Rodrigo Camargo explicou que não foi necessário o uso de força para prender nenhum dos suspeitos e o caso vai seguir em investigação.





Mais de 30 viaturas são usadas na operação na região do Vale do Jamari — Foto: William Andrade/Rede Amazônica


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