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Morte de ganhador da Mega-Sena: veja quem são os suspeitos

 Justiça decretou a prisão de quatro pessoas investigadas pela polícia, e duas seguem foragidas. Jonas Lucas Alves Dias foi morto em Hortolândia; em 2020, ganhou R$ 47,1 milhões na loteria.

As investigações conduzidas até este domingo (18) apontaram três homens e uma mulher como envolvidos na morte de Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos, ganhador de R$ 47,1 milhões na Mega-Sena em 2020. Dois foram presos e os outros seguem foragidos. Veja, abaixo, o que se sabe sobre cada um.



Rogério de Almeida Spínola (48 anos) - preso
Rebeca (24 anos) - presa
Marcos Vinicyus Sales de Oliveira (22 anos) - foragido
Roberto Jeferson da Silva, o Gordo, (38 anos) - foragido

Rogério Spínola, de 48 anos, foi o primeiro preso da investigação. Segundo a delegada da Deic Piracicaba, Juliana Ricci, ele tem uma série de passagens pela polícia por crimes como roubo, furto, homicídio, estelionato e lesão corporal.

Spínola cumpriu 15 anos de prisão e saiu da penitenciária em dezembro do ano passado. A prisão de Spínola ocorreu em Santa Bárbara d'Oeste e, segundo a polícia, ele nega participação no crime.

Juliana Ricci não detalhou a participação dele no esquema, mas informou que Spínola era parceiro de outra pessoa investigada.

"Nesse momento nós temos um rol de provas que permitiu que o judiciário decretasse a prisão dele, mas alguns detalhes eu não posso divulgar porque mantenho a investigação", disse Juliana, durante coletiva de imprensa no sábado.

Rebeca


Segundo Juliana, Marcos Vinicyus também habilitou um aplicativo de celular para conseguir realizar as movimentações financeiras. O suspeito tem passagens por estelionato, receptação e deixou o sistema penitenciário em setembro de 2021.

Roberto Jeferson da Silva
Silva dirigia o Ford Fiesta preto também usado para abordar o milionário morto. A participação dele não foi detalhada pelos policiais civis. Ele não possui passagens pela polícia e segue foragido.

Segundo a Polícia Civil, as investigações prosseguem com análise de provas colhidas nessas ações e novas quebras de sigilos bancários e telefônicos. Nenhum dos veículos usados foi localizado.

A delegada que investiga o caso, Juliana Ricci, afirmou que Jonas Lucas foi vítima de "extrema violência". Durante o período em que ficou sob poder dos criminosos, cerca de R$ 20 mil foram retirados de suas contas e houve uma tentativa de transferência de R$ 3 milhões, sem sucesso.

Jonas foi raptado depois de sair para caminhar na terça (13), sendo abandonado às margens do km 104 da Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), em Hortolândia (SP), próximo da alça de acesso da SP-101.

Ele foi socorrido e apresentava sinais de espancamento. Chegou a ser levado ao hospital, mas morreu. Segundo a investigação, tudo indica que o grupo tinha conhecimento da situação financeira de Jonas Lucas, mas ele não os conhecia.

Prêmio motivou o crime
Antes mesmo das prisões, Polícia Civil já havia afirmado que a morte de Jonas Lucas foi motivada pelo prêmio de R$ 47,1 milhões da Mega-Sena.

Segundo a delegada Juliana Ricci, uma tentativa de saque de R$ 3 milhões foi feita via aplicativo de mensagens.



O crime
Jonas foi abandonado às margens do km 104 da Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), em Hortolândia (SP), próximo da alça de acesso da SP-101. Ele foi socorrido e apresentava sinais de espancamento. Chegou a ser levado ao hospital, mas morreu.

A advogada da família relatou à polícia que a vítima havia levado apenas carteira e documentos para a caminhada. Ao final do dia, como não foi mais possível contatá-lo, familiares registraram ocorrência de desaparecimento na delegacia eletrônica.

Depois de ser encontrado, o homem foi socorrido pelo resgate da concessionária Autoban ao Hospital Mário Covas, mas não resistiu.

O médico da unidade que atendeu Jonas Lucas atestou traumatismo cranioencefálico como causa da morte. A Polícia Civil tenta descobrir como e quando foi a abordagem, além de quantas pessoas estão envolvidas.

O corpo de Jonas foi enterrado na sexta-feira (16). Um ônibus foi disponibilizado para levar amigos e vizinhos ao enterro. O sepultamento ocorreu no Cemitério da Saudade, em Sumaré (SP).

'Era simples'
Vizinho do milionário da Mega-Sena, o aposentado João Batista Alves contou que muita gente nem acreditava que Jonas tinha ganhado a bolada em razão de como ele levava uma vida simples.

"Era igual a gente, pessoa simples, que andava de chinelo, tranquilo, sempre passava aqui, sempre atencioso com a gente. A polícia tem que encontrar [o assasssino], de qualquer maneira", disse.

Quem conhecia Jonas Lucas há décadas garante que ele não mudou nada com o prêmio milionário recebido.

"Eu fui muito comprar com ele quando trabalhava no depósito. [Após o prêmio] era a mesma pessoa, não mudou nada, continuou como se nada tivesse acontecido", lembra Luiz.

Por Arthur Menicucci, g1 Campinas e EPTV

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