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Mulher viaja 3 mil km, de MG até RO, para procurar irmão que não vê há quase meio século

 Neliene tinha o endereço de onde o irmão supostamente morava, mas quando chegou em Porto Velho ela descobriu que a casa não existe.

Neliene Pinel, de 62 anos, viajou mais de 3 mil quilômetros, de Belo Horizonte (MG) até Porto Velho (RO), para encontrar o irmão que não vê há quase meio século. Ela tinha um endereço e muita esperança, mas quando chegou no local percebeu que o domicílio não existia.

"Eu tinha um endereço e a certeza de que iria encontrá-lo, mas cheguei aqui e tudo foi difícil. A rua existe, o número não. Na rua ninguém nem o conhece", contou ao g1.

A pessoa por quem Neliene procura se chama João Batista Pinel e atualmente tem 71 anos — idade completada no dia 4 de novembro, mesmo dia de aniversário do filho dele. O endereço que ela conseguiu é na rua Raimundo Cantuária, mas o irmão dela não foi encontrado por lá.

Desencontro

Segundo Neliene, o irmão veio para Rondônia no início da década de 70. A mulher e os dois filhos dele ficaram, sendo que um ainda estava na barriga. Cerca de quatro anos depois João teria retornado, mas foi embora novamente e, desde então, ninguém teve mais notícias suas.

As buscas pelo homem começaram há mais de 30 anos, quando o filho dele completou 21 anos e decidiu encontrar o pai. No entanto, as informações sobre ele são poucas. Até a foto que eles possuem é uma "pintura" feita quando João tinha cerca de 20 anos: nada recente.


Foi somente há pouco tempo que a família encontrou o suposto endereço onde João estaria, com base em informações do cartão do Sistema Único de Saúde (SUS). Desde que chegou em Porto Velho, na última quarta-feira (9), Neliene busca outras formas de encontrar o irmão, após a tentativa frustrada.

"Já fui nos cartórios de registros de nascimento e óbito, cartório de reconhecimento de firma, Polícia Federal, estadual, municipal e Exército. Ninguém o conhece. Ninguém sabe, ninguém tem notícia, não aparece nenhum dado dele", comentou.

Na cidade ela conta apenas com a ajuda de um taxista que a levou do aeroporto até o suposto endereço e se compadeceu com toda a história.

"Eu fui explicando para ele a situação e ele se dispôs com a família dele a me ajudar. Eles estão me ajudando. Sogra, cunhados... todo mundo empenhado".

A mulher pede ajuda para que qualquer pessoa que tenha informação sobre o paradeiro do irmão, que entre em contato.

Por Jaíne Quele Cruz, g1 RO

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