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Forças de Gadafi bombardeiam cidade para atingir Benghazi

  • EDERSON RAFAEL ALTÍSSIMO
O Exército líbio realizou novos bombardeios nesta quarta-feira na cidade Ajdabiya , e começa a fechar o cerco a Benghazi, principal reduto dos opositores. Segundo o vice-ministro líbio das Relações Exteriores, Khaled Kaaim, a cidade ao leste da Líbia está "sob controle" das forças de Muammar Gadafi. A situação faz parte da estratégia das forças de segurança pró-ditador para que retomem o poder também na cidade de Benghazi. Enquanto isso, o clima é de desconfiança e bastante nervosismo. Moradores de Benghazi temem uma banho de sangue, apesar de outros acreditarem que rebeldes ainda conseguirão derrubar o líder Gadafi, que está no poder há 41 anos.

O ex-ministro francês de Relações Exteriores, Bernard Kouchner repreendeu em Genebra a comunidade internacional por sua demora em impor uma zona de exclusão aérea, afirmando que já é tarde demais para salvar vidas. "Uma zona de exclusão aérea é um mínimo. Certamente já é tarde demais. Sabemos que há três semanas que a pobre sociedade civil, as pobres pessoas, estão morrendo. E nós não estamos fazendo nada", disse em entrevista à uma rádio suíça.

A França e a Grã-Bretanha acreditam que a zona de exclusão aérea é uma forma de impedir Gadafi de usar sua artilharia para bombardear os rebeldes e civis. Entretanto, a Itália, que seria uma possível base para essa operação, descartou qualquer intervenção militar. "Não podemos ter guerra, a comunidade internacional não deve, não quer e não pode fazer isso", afirmou o chanceler Franco Frattini em Roma.

Um dos filhos do ditador, Saif al Islam, contou a Euronews TV que o governo pretende retomar o controle da segundo maior cidade da Líbia, Bengahazi, com ou sem zona de exclusão aérea. "Tudo vai acabar em 48 horas", garante ele.

A organização humanitária Médicos Sem Fronteiras retirou suas equipes de Benghazi, e as enviou para Alexandria, no Egito. Segundo um médico local, pelo menos cinco pessoas morreram e outras 11 ficaram feridas depois que as forças do governo atacaram Misurata, a 200 km ao leste de Trípoli, com tanques e artilharia.

As potências estrangeiras condenam a violenta repressão de Gadafi aos rebeldes, porém demonstram pouco apetite por medidas de apoio à revolta. Uma vitória de Gadafi e a repressão aos protestos no Bahrein podem significar uma reversão na onda de levantes popularaes que levaram ao fim dos governos da Tunísia e do Egito.

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