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Multidão acompanha enterros de vítimas de ataque

Ao som de louvores evangélicos, foi enterrado no final da manhã desta sexta-feira (8) o corpo da adolescente Larissa Santos Atanásio, de 13 anos, no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na zona oeste do Rio de Janeiro. Ela é uma das vitimas do atirador Wellington Oliveira, que ontem invadiu a Escola Municipal Tasso de Oliveira, em Realengo, também na zona oeste e atirou contra os alunos.

Durante o sepultamento, o clima foi de muita tristeza e consternação.

Também foram enterrados os corpos de outras duas estudantes no mesmo cemitério, por volta do meio-dia. No sepultamnto da jovem Luiza Paula da Silveira, de 14 anos, amigos cantaram a música preferida da menina, 'Quando chuvar passar', da cantora Ivete Sangalo. Eles carregavam um cartaz no qual estava escrito "Você deixou tudo com a sua cara só para deixar tudo com cara de saudade". A mãe da jovem passou mal e foi amparada por bombeiros. Todos vestiam uma camisa com uma foto de Luiza.

Cartazes com mensagens de saudades também foram levados ao sepultamento de Karine Lorrayne, de 14 anos. Ela treinava para ser atleta de salto a distância e fazia parte de um projeto para jovens da polícia militar.

O sepultamento de Rafael Pereira da Silva, também de 14 anos, ocorreu logo depois. A cerimônia foi rápida e em silêncio. Os pais e irmãos, muito emocionados, choraram bastante e não falaram com a imprensa. 

Os corpos de Laryssa Silva Martins, de 13 anos; Mariana Rocha de Souza, de 12 anos; e de Milena Nascimento foram sepultados no Cemitério do Murundu, em Padre Miguel, na zona oeste, às 11h. No momento desses enterros, um helicóptero da Polícia Civil sobrevoo o local e realizou homenagem às vítimas jogando pétalas de rosas. À tarde, estão previstos os enterros das outras cinco vítimas fatais.

No sepultamento de Igor Moraes da Silva, de 13 anos, um helicóptero da Polícia Civil sobrevoou o cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, e atirou pétalas de rosas. A cerimônia contou com a presença do presidente do Vasco, Roberto Dinamite, que foi prestar homenagem ao garoto que era aluno de sua escolinha de futebol.

Amigo de Igor Douglas Ramaro lembrou do último presente que o jovem ganhou: uma chuteira nova.

"Ele era muito amigo e calmo. Não brigava com ninguém. Um dia antes de morrer, ele ganhou uma chuteira nova. Estava todo feliz por causa disso", disse.

Avó de consideração do menino, Dalva de Oliveira falou das principais qualidades de Igor.

"Ele era um menino muito inteligente. No dia que morreu, acordou cedo para ir para a escola. Estava animado com a vida e acabou morrendo. Eu o incentivava muito para estudar", afirmou.

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