Na Amazônia, seis dos dez municípios que mais sofreram desmatamentos em março estão localizados em torno das hidrelétricas do Rio Madeira. É o que mostram os dados do monitoramento via satélite realizado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). A ONG realiza um mapeamento paralelo ao do governo do desmate na Amazônia.
De acordo com o Sistema de Alerta de Desmatamentos (SAD), em março houve uma redução de 39% no desmatamento da Amazônia Legal, em relação a março de 2010. O satélite apontou 46 km² de desmatamento no período.
A capital de Rondônia, Porto Velho, é o município que mais desmatou: 24,1 km². Além da capital rondonense, os municípios de Buritis, Nova Mamoré, Candeias do Jamari e Campo Novo de Rondônia estão num raio de até 300 km de onde estão sendo construídas as hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira.
No total, em março de 2011 os Estados com maior área desmatada foram Rondônia, com 69%, e Mato Grosso, com 23%. O restante do desmatamento ocorreu no Acre (4%), Pará (2%) e Roraima (2%).
As florestas degradadas - parcialmente desmatadas ou que sofreram queimadas - somaram 299 km² em março de 2011. Em comparação com março de 2010, quando a degradação somou 220 km², houve aumento de 35%. A maioria (73%) dessa degradação ocorreu no Estado de Mato Grosso.
Conferência deverá determinar novas metas
Uma mesa redonda sobre a Rio+20 ocorreu ontem no Rio com a presença dos ministros Antonio de Aguiar Patriota (Relações Exteriores) e Izabella Teixeira (Meio Ambiente), além do diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Achim Steiner. Entre os pontos discutidos estava o de estabelecer metas de sustentabilidade, a exemplo dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Áreas como redução nas emissões de poluentes nos transportes, eficiência energética, uso da água e de energias renováveis poderão ser contempladas e as metas devem ser monitoradas após a conferência. A reunião marca os 20 anos da Eco-92.
Manejo florestal ajuda assentados
O manejo florestal em área de Caatinga tem ajudado a reduzir a pobreza de assentados no Estado de Pernambuco. Agricultores familiares apoiados pelo Serviço Florestal Brasileiro têm obtido uma renda média de R$ 1,3 mil por família em 30 dias de trabalho por ano - eles associam essa prática florestal às outras atividades econômicas. O chefe da Unidade Regional Nordeste do Serviço Florestal, Newton Barcellos, afirma que o uso sustentável dos recursos da Caatinga é uma fonte real de recursos para as famílias, ao mesmo tempo em que ajuda a conservar o único bioma exclusivamente brasileiro.
Fonte Principal: Rondônia Dinâmica
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