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Ex-ministro egípcio é condenado a 12 anos de prisão


O ex-ministro egípcio do Interior Habib al-Adli, considerado um símbolo da repressão durante o governo do ex-presidente Hosni Mubarak, foi condenado a 12 anos de prisão nesta quinta-feira. Ele foi considerado culpado das acusações de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito.

Segundo a Justiça egípcia, o ex-ministro aproveitou-se de sua posição para obter benefícios pessoais. Ele usou funcionários de seu ministério para vender um terreno particular, pelo qual obteve 4,85 milhões de libras (US$ 800 mil).

A defesa do ex-ministro negou todas as acusações e deve recorrer da sentença.

Adli também está sendo julgado por seu suposto envolvimento na morte de manifestantes durante a onda de protestos que levou à queda de Mubarak. A decisão da Justiça sobre essa acusação deve ser divulgada em uma nova audiência, marcada para 21 de maio. Seis assessores do ex-ministro também serão julgados.

Adli é a primeira autoridade do governo de Mubarak a receber uma sentença de prisão. Familiares de manifestantes mortos nos protestos contra o antigo governo acompanharam o julgamento do lado de fora do tribunal, localizado nos arredores do Cairo.

Vário integrantes do antigo governo estão presos, entre eles o próprio Mubarak, seus dois filhos (Gamal e Alaa), o secretário geral do já dissolvido Partido Nacional Democrático, Safuat Sharif, o ex-presidente do Parlamento, Fathi Surur, e o ex-chefe do gabinete presidencial, Zakaria Azmi.

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