Quase 40 caminhões de transportes de tropas deixaram na manhã desta quinta-feira Deraa, cidade rebelde do sul da Síria, que o Exército havia ocupado em 25 de abril para esmagar os protestos contra o regime sírio.
Quase 300 soldados a bordo de 20 caminhões, seguidos pelo mesmo número de veículos de transporte de tropas blindados, todos com fotos do presidente Bashar al-Assad, deixaram a cidade às 10H00 locais (4H00 de Brasília).
Deraa, situada 100 km ao sul de Damasco, é o epicentro do movimento de protesto contra o regime iniciado em março.
Fontes militares afirmaram que deixam a localidade após o cumprimento da missão.
Em Saqba, subúrbio da capital síria, mais de 300 pessoas foram detidas esta quinta-feira pelas forças de segurança e o Exército sírios, informou um militante da oposição.
"Mais de 300 pessoas foram detidas em Sqba, entre elas várias autoridades religiosas, pelos serviços de segurança apoiados pelo Exército", afirmou a fonte, que pediu anonimato.
Uma pessoa foi ferida a tiros antes de ser levada para o local de detenção.
Na praça central da cidade, batizada de "Praça dos Mártires", os serviços de segurança "arrancaram um cartaz com o nome do local e rasgaram as fotos dos mártires", disse a fonte.
Em Roma, o chanceler italiano, Franco Frattini anunciou, ao fim de um encontro com a colega americana, Hillary Clinton, que Itália e Estados Unidos pediram ao governo da Síria o fim da violência no país.
"Temos que multiplicar as ações políticas e os pedidos para sensibilizar o governo da Síria para que interrompa a violência e inicie o diálogo", declarou o ministro das Relações Exteriores italiano.
Mais de 300 pessoas foram detidas nesta quinta-feira perto de Damasco, a capital síria, segundo a oposição ao regime de Bashar al-Assad.
Desde março, sete pessoas morreram na repressão aos protestos.
FONTE: AFP
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