A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira oito homens, entre garimpeiros e empresários, suspeitos de integrar uma quadrilha que atuava na extração ilegal de minérios em terras da União em Rondônia.
A PF estima que o prejuízo causado pela suposta quadrilha pode passar de R$ 60 milhões.
Além de oito mandados de prisão temporária, a PF cumpriu 18 mandados de busca e apreensão em casas, empresas e cooperativas de garimpeiros da região, e realizou o sequestro de 35 veículos e o bloqueio de contas bancárias dos investigados. Cem policiais federais foram mobilizados para a operação, denominada Ouro Preto.
De acordo com a PF, a quadrilha extraiu nos últimos cinco anos 2.500 toneladas de cassiterita (uma fonte de estanho) na terra indígena Tenharim-Igarapé-Preto, localizada nas divisas dos Estados de Rondônia, Amazonas e Mato Grosso.
Cerca de 1.000 hectares foram degradados pela extração.
Ainda segundo a PF, as investigações mostraram que a quadrilha agia como uma empresa, com setores especializados para cada etapa da extração do minério. Parte da quadrilha era responsável pelo abastecimento de suprimentos como combustível, alimentação e o aluguel de maquinários pesados.
Outros integrantes se dedicavam ao transporte e venda do minério, especialmente para grandes empresas sediadas em Ariquemes (198 km de Porto Velho). Já o restante da quadrilha era responsável por "esquentar" o minério extraído ilegalmente, utilizando notas fiscais frias emitidas por cooperativas de garimpeiros.
Os investigados responderão pelos crimes de receptação, formação de quadrilha, falsidade ideológica, usurpação de bem público da União e extração ilegal de minérios.
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