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Gabarito oficial do Enem 2011 é questionado

 Assim que saiu o gabarito oficial do Exame Nacional do Ensino Médio 2011 (Enem), nesta terça-feira, começou a contestação. Para Glenn Albert Jacques van Anson, supervisor de matemática do Anglo Vestibulares, ao menos três questões da disciplina apresentaram enunciados mal elaborados, que dificultavam sua resolução.

Uma delas é a questão 165, da prova amarela aplicada no domingo. "O enunciado cita uma pesquisa de opinião pública e destaca um percentual de 24% de entrevistados que não opinaram na sondagem. Essa parcela não pode ser ignorada na hora dos cálculos: contudo, a alternativa considerada correta pela organização do Enem a ignora."

As demais questões apresentam problema semelhante. São elas 153 e 168. "No geral, a prova foi bem elaborada. No entanto, ainda despreza a objetividade e a clareza nos enunciados", diz van Anson.

Clique aqui para assistir ao vídeo em que o supervisor comenta a prova de matemática.

O professor Francisco Achcar, do Curso Objetivo, questiona outras duas questões. A primeira delas é a de número 2 da versão amarela da prova, de ciências humanas, aplicada no sábado. "O enunciado é mal elaborado e causa ruído na interpretação do texto, prejudicando os participantes", diz o professor.

No gabarito oficial do MEC, a alternativa indicada como correta é a D. Contudo, de acordo com a correção do Anglo Vestibulares e do Curso Etapa, o correto seria letra B. O Objetivo apontou B e D, mostrando que a proposição causava dúvida.

"O fato de três cursos especializados no Enem apontarem divergência em relação ao gabarito oficial mostra como a questão foi mal elaborada", diz Achcar. O curso ainda estuda se tomará medidas no sentido do contestar oficialmente o resultado oficial do Enem.

A segunda questão alvo de críticas é a 120, também da prova amarela, do exame de linguagens, aplicado no domingo. Ela apresentava um poema do livro Os Cem Melhores Poemas do Século. "O enunciado já traz uma informação equivocada, pois atribui erroneamente um poema a autor que não o escreveu." O texto é atribuído a Gilka Machado, mas na verdade é de autoria de Antônio Cícero.

De acordo com o gabarito oficial, a alternativa correta é a C. O Anglo Vestibulares considera correta a alternativa E, mesma alternativa escolhida pelo Cursinho da Poli. "O Enem dá muito valor à prova de redação. No entanto, peca na redação de seus próprios enunciados", diz Achcar.

Fonte: Veja