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Egito tem novos confrontos durante protestos contra junta militar

Choque entre manifestantes e policiais voltaram a acontecer nesta segunda-feira nos arredores da praça Tahrir, no Cairo. Egípcios que protesto contra a junta militar que governa o país continuam acampados no local, símbolo dos protestos que derrubaram o regime de Hosni Mubarak, após 30 anos no poder, em fevereiro.

É o terceiro dia consecutivo de choques no Cairo. De acordo com o Ministério da Saúde, os confrontos deixaram pelo menos 20 mortos desde domingo. No fim de semana, 1.750 feridos ficaram feridos. Policiais e soldados usaram gás lacrimogêneo e balas de borracha contra a multidão, que lançou pedras e bombas caseiras.



A uma semana das eleições parlamentares, os manifestantes acusam a junta militar responsável pela transição para a democracia de tentar manter seu poder no país após a eleição de um governo civil. Eles pedem a renúncia do marechal Hussein Tantawi, que lidera o governo militar, e a instituição de um conselho civil.

Uma declaração divulgada pelo gabinete do governo disse que as eleições, previstas para começar no dia 28 de novembro, vão ser realizadas e elogiou a "moderação" das forças do Ministério do Interior contra os manifestantes. Ao todo, o processo eleitoral vai levar três meses.

Nas últimas semanas, manifestantes, em sua maioria islamistas e jovens ativistas, vêm protestando contra um projeto de Constituição que, segundo eles, permitiria que os militares mantivessem muito poder. Segundo o projeto, os militares e seu orçamento não ficariam sujeitos a uma supervisão civil.

Isso irritou os manifestantes, que temem que as conquistas feitas durante o levante popular contra o regime de Mubarak sejam apagadas pela nova posição dos militares em um governo civil.