Sem qualquer explicação razoável, o deputado estadual Ribamar Araújo (PT) pediu renúncia como membro da Comissão Processante, instalada na Assembléia Legislativa de Rondônia para apurar a quebra de decoro parlamentar dos oito deputados indiciados pela Polícia Federal na Operação Termópilas, entre eles o presidente da Casa que está foragido há quase três meses, Valter Araújo (PTB).
O deputado do PT já dava indícios de má vontade e indisposição em punir os colegas. Desde que a comissão foi instalada, nunca compareceu às reuniões.
Desde o escândalo de desvio de recursos da saúde e revelações de um esquema de mensalão dentro do Legislativo, o deputado Ribamar Araújo aparecia em entrevistas de rádio e televisão como o verdadeiro paladino da moralidade. Agora, esquiva-se no processo de limpeza.
Questionado por alguns parlamentares sobre a decisão, o petista disse apenas que saiu da comissão porque “sabe que não vai dar em nada”.
O presidente em exercício Hermínio Coelho (PSD) lamentou a decisão de Ribamar Araújo. “Cheguei a perguntar ao deputado se ele sofreu algum tipo de ameaça, se está sendo coagido. Ele diz que não. Não consigo entender como um deputado vai a público pedir moralidade e não luta por ela”.
Ausente em votações polêmicas
O deputado estadual Ribamar Araújo tem se mostrado um parlamentar avesso a votações e discussões polêmicas. Ele se ausenta do plenário quando o assunto envolve expor sua opinião, a exemplo da terceirização da Saúde para as Organizações Sociais, especialmente no ponto em que envolvia os servidores públicos.
Na realidade, o deputado não está com medo da comissão não dar em nada, mas pensa que poderá se queimar com seu eleitorado porque seu voto já era claro: vota contra qualquer punição aos envolvidos com a Termópilas.
Fonte: Rondônia Agora