A Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados constatou, na visita feita ontem (22) à usina hidrelétrica de Jirau, que os operários são submetidos a uma “vigilância cerrada” por parte de seguranças do consórcio, e segundo ainda o deputado federal Padre Ton (PT-RO) há um ambiente de discriminação.
“Talvez por ser um local isolado, distante do centro, com operários oriundos de várias regiões do país isso tudo esteja ocorrendo. Não á lazer adequado para os operários, e a jornada de trabalho é dura”, afirma o deputado. Ele lembrou também a rebelião ocorrida há um ano, por causa das más condições de trabalho e baixo salário, como o possível motivo do consórcio adotar forte vigilância sobre os trabalhadores.
Segundo ele, um relatório com todas as informações colhidas junto aos operários, sindicato e representante da Enesa, engenheiro Valter, será produzido pela Comissão e encaminhado às autoridades competentes para buscar a solução dos problemas.
O deputado Domingos Dutra (PT-MA), presidente da CDHM e o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), membro da comissão, integraram a comitiva, que visitou também o Hospital de Urgência e Emergência João Paulo II.
Segundo Padre Ton, a comitiva ficou “assustada” com as condições de trabalho dos operários e existem cerca de 400 caminhões parados por causa do movimento grevista. Os parlamentares também consideram inapropriado o fato da Polícia Militar, força de segurança do Estado, prover segurança ao consórcio. “E o governador de Rondônia ainda chama a Força Nacional de Segurança”, diz.
Fonte: Rondônia Dinâmica