Sem investimentos nos últimos 16 anos, o porto de Porto Velho administrado pela Soph (Sociedade dos Portos Organizados de Rondônia) está perdendo espaço para outros da região Norte, como o de Belém, que hoje já opera cargas de grandes empresas que antes operavam na Capital de Rondônia.
A situação poderá ficar pior com a conclusão da ponte do Madeira, que vai facilitar o acesso a Humaitá, no Amazonas, a 200 quilômetros de Porto Velho pela BR-319, tornando o município um forte concorrente para o transporte de cargas. De acordo com o diretor de Fiscalização e Operação do terminal, Leonel Bertolin, ”o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 1 previa um investimento de R$ 270 milhões na hidrovia do Madeira, mas este recurso foi remanejado para outras regiões. Além disso, um projeto de melhorias do porto no valor de R$ 27 milhões foi reduzido duas vezes - para R$ 13 milhões e R$ 7 milhões - e ainda não foi licitado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
“Precisamos de uma maior mobilização da sociedade e dos nossos políticos para melhorar a estrutura portuária e as condições de navegação no Madeira, para garantir que Porto Velho não passe a ser apenas um corredor para cargas”, afirma Bertolin.
Fonte: Rondônia Dinâmica