Em Assembléia Geral encerrada há alguns minutos, na sede do Sindicato da categoria, em Porto Velho, os bancários de Rondônia, comprovando a insatisfação geral com a proposta dos bancos apresentada no dia 28 de agosto, de 6% de reajuste sobre todas as verbas salariais, decidiram, por unanimidade, aderir à Greve Nacional, que começa a partir da próxima terça-feira, 18/9, em todo o território brasileiro.
A paralisação geral dos serviços dos trabalhadores bancários, segundo o presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB/RO), José Pinheiro é, sobretudo, culpa dos próprios bancos, que nas nove mesas de negociação com o Comando Nacional dos Bancários – todas em São Paulo – disseram ‘não’ para a maioria das reivindicações e, além disso, ainda disseram que “se querem ganhar alguma coisa, que vão à greve”.
“Estivemos participando de todas as nove rodadas de negociação com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e, em dado momento, chegamos a acreditar mesmo na declaração dos banqueiros de que eles queriam resolver as questões nas mesas de negociação. Discutimos os pontos específicos, como saúde, segurança, condições de trabalho, emprego e igualdade de oportunidade, e não percebemos quase nenhum avanço em nenhuma delas. Agora eles insistem com essa proposta de reajuste de apenas 6% linear (o que significa aumento real de apenas 0,58%), para todas as verbas, e isso comprova que, mais uma vez, mesmo sendo nós os trabalhadores os responsáveis pelos bilhões de lucros destas instituições, ainda assim somos desvalorizados, desrespeitados e humilhados. Portanto, esperamos que até o dia 17, dia anterior à paralisação geral, os bancos tomem uma postura mais favorável a nós bancários, do contrário, vamos parar por tempo indeterminado”, disse o presidente.
As principais reivindicações dos bancários
● Reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5%).
● Piso salarial de R$ 2.416,38.
● PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.
● Plano de Cargos e Salários para todos os bancários.
● Elevação para R$ 622 os valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação, do auxílio-creche/babá e da 13ª cesta-alimentação, além da criação do 13º auxílio-refeição.
● Mais contratações, proteção contra demissões imotivadas e fim da rotatividade.
● Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral
● Mais segurança
● Igualdade de oportunidades.
(Fonte: Rondônia Dinâmica)
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