O que leva uma empreiteira sediada em Belo Horizonte, capital das Minas Gerais, a doar R$ 300 mil para a campanha de uma companheira petista que disputa a prefeitura de Porto Velho, uma cidadezinha, jogada às traças, lá para as bandas do norte do país?
Amor à cidade? Olho no futuro? A troco de quê?
Perguntas que ainda estão sem respostas na maioria das cabeças dos eleitores das periferias da capital, menos na mente dos integrantes da cúpula partido da estrela vermelha.
A façanha é da lavra da construtora Barbosa Melo S/A, fato que teve registro oficial na segunda parcial da prestação de contas dos candidatos que disputam a prefeitura, neste pleito eleitoral.
Quem conhece os bastidores da política sabe que, certamente, essa fatura poderá ser cobrada mais adiante. Ou será que a essa empresa lá das Gerais, está com dinheiro sobrando e se danou a fazer filantropia e caridades em campanhas eleitorais petistas país afora?
Nas muitas insinuações ou conotações que essa doação pode parir, é preciso fazer justiça: a doação de recursos para campanhas eleitorais, embora até certo ponto questionáveis, são absolutamente legais, segundo a legislação em vigor.
O que se questiona é que não parece plausível, do ponto de vista meramente econômico, democrático e ideológico, que uma empresa de Minas Gerais despenda um valor dessa monta para financiar campanha na capital rondoniense.
A empresa é grande diga-se de passagem, e possui entre seus clientes, os órgãos federais como o DNIT,a ANEEL, a PETROBRAS, Furnas e, agora, a candidata Fátima Cleide.
No total, Fátima arrecadou R$ 878.609,02 e gastou R$ 756.915,04. Do PT nacional, ela recebeu doações que somam R$ 475 mil.
Resta saber se essa doação está humilhando outros caridosos que tinham a pretensão de colaborar com cifras abaixo de R$. 300.000,00?
Fonte: Rondo Notícias
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