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Os principais nomes para a eleição de 2018


Quando Dilma Rousseff iniciar, em janeiro, seu segundo mandato, as movimentações para  sua sucessão em 2018 já estarão em curso. No PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desponta como principal opção para tentar manter uma hegemonia política sem precedentes. Se Lula não quiser se candidatar, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, aparece como uma alternativa. Ele será novamente um dos principais ministros do governo e conta com a confiança dela. As perspectivas de manutenção do poder federal pelo PT, porém, serão mais fluidas em 2018. “A divisão do país mostra um PT em enfraquecimento. A fórmula da comparação entre o governo do PT e o do PSDB começa a se esgotar”, diz Leonardo Barreto, cientista político da Universidade de Brasília (UnB). Partidos que apoiam o governo, como o PMDB, ensaiam candidaturas próprias. Por causa do cansaço com a polarização entre PT e PSDB, Marina Silva poderá apostar novamente em ser uma terceira via. Entre os tucanos, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, credenciou-se a disputar, pela segunda vez, o Planalto. No PSDB, seu principal concorrente deverá ser novamente Aécio Neves.  “Com a melhor votação do partido desde 2002, Aécio fortaleceu o PSDB”, diz Barreto.

PT
Lula
Lula é a principal opção do PT para conservar o governo federal. Ele tem trânsito com diferentes partidos. Isso facilitaria alianças para uma candidatura. Historicamente, Lula se mostrou o único capaz de apaziguar as disputas internas no PT. Sua influência sobre os eleitores, porém, está declinante. A avaliação negativa dos “postes” que elegeu, como o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, pode respingar em sua popularidade. Lula também encarna a polarização, cada vez mais rejeitada pelos eleitores.

PT
Aloizio Mercadante
Com a vitória de Dilma, o chefe da Casa Civil passa a ser uma das opções do PT para suceder-lhe. Mercadante é um dos principais ministros do governo, conta com a confiança de Dilma e foi um dos coordenadores da campanha de reeleição. Fez articulações políticas e  saiu em defesa da política econômica. Em recompensa, deverá ficar na Casa Civil ou ir para o Ministério da Fazenda. Apesar da simpatia de Dilma, Mercadante está longe de ser uma unanimidade no PT e não obteve êxito em campanhas para o Executivo.

PSDB
Aécio Neves
Aécio obteve nas urnas o melhor resultado de um candidato do PSDB desde FHC. No primeiro turno, superou as votações antes alcançadas pelos tucanos em São Paulo. A defesa do governo FHC, durante a campanha, também o credencia a ser protagonista da oposição ao governo Dilma, no Senado. Uma nova candidatura presidencial, em 2018, esbarrará na derrota de seu grupo em Minas Gerais. Para recuperar o governo estadual, a principal opção dos tucanos mineiros é o próprio Aécio.

PSDB
Geraldo Alckmin
Com a derrota de Aécio e de seu grupo político em Minas Gerais, o governador de São Paulo credencia-se para disputar o Planalto mais uma vez. Reeleito em primeiro turno, com 12,2 milhões de votos,  Alckmin, pela primeira vez em 12 anos, será o único político do PSDB a governar um dos cinco maiores colégios eleitorais do país. Como em 2006, quando foi derrotado por Lula, o desafio de Alckmin será projetar-se nacionalmente. Ele precisará também administrar a crise de água em São Paulo sem que sua imagem saia com grandes arranhões.

PMDB
Eduardo Paes
O prefeito do Rio de Janeiro desponta como principal opção do PMDB para disputar a Presidência. Diferentes facções peemedebistas querem uma candidatura própria em 2018. A última vez que o PMDB teve um candidato próprio ao Planalto foi em 1994, com Orestes Quércia. Paes será o anfitrião dos Jogos Olímpicos de 2016. O sucesso do evento poderá ser um trunfo para projetá-lo. Ele terá, porém, de superar o hiato em que ficará sem mandato, entre a saída da prefeitura, em 2017, e a disputa pelo Planalto, em 2018.

Terceira via
Marina Silva
Ela poderá ser candidata, de novo, em 2018, após duas eleições presidenciais em que não passou para o segundo turno, mas obteve boas votações. Precisará, antes de tudo, criar seu partido, a Rede Sustentabilidade. Ao anunciar apoio a Aécio, Marina perdeu parte do discurso da terceira via, que rejeita tanto o PT como o PSDB. O apoio a Aécio custou-lhe dissidências no grupo da Rede e chegou num momento do segundo turno em que ela pouco acrescentou em votos.


(Fonte: Revista Época - www.epoca.com.br)