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Rio Madeira pode atingir 16,70 metros nas próximas 48 horas, diz CPRM



A Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) informou que o Rio Madeira, em Rondônia, pode chegar a 16,70 metros nas próximas 48 horas. Nesta quarta-feira (25), a cota está em 16,54 metros, enquanto na terça-feira (24) estava em 16,48 metros. O nível de alerta é 16 metros. No entanto, segundo a CPRM, a situação não pode ser considerada critica, já que o rio tem ficado nos últimos dias pelo menos dois metros abaixo dos números registrados em 2014, quando aconteceu a cheia histórica, que atingiu cerca de 97 mil pessoas no estado. Em 25 de fevereiro do ano passado, a medição marcou 18,51 metros.

De acordo com a CPRM, também não é preciso preocupação com o período chuvoso em Rondônia, que vai até meados de abril. Isso porque o nível do Rio Madeira é influenciado pelas bacias dos rios Mamoré e Beni, que nascem na Bolívia e no Peru, e, por isso, as chuvas que caem naqueles países é que refletem no nível do rio no Brasil. "O que chove na área urbana de Porto Velho não influencia diretamente na elevação no nível do Madeira, mas sim em problemas de drenagem urbana e elevação dos igarapés urbanos, mas não necessariamente no nível do rio", esclareceu Francisco Reis, engenheiro hidrólogo da companhia.

O engenheiro explicou que, nas próximas semanas, a previsão é de chuva acima da média nas cabeceiras dos rios na Bolívia e no Peru e que isso vai se refletir no Madeira, que continuará em elevação até março. Ainda assim, Francisco descarta a possibilidade de uma nova enchente como a registrada em 2014. "A gente não espera um nível tão elevado como de 2014, apesar do nível estar acima da média. Porém, no momento, o nível está bem abaixo em relação a 2014", avaliou.

A CPRM mantém 54 estações de monitoramento, que utilizam equipamentos de ponta para medir o nível dos rios em Rondônia e no Acre. Sobre a situação no estado vizinho, onde quatro municípios já estão alagados – Rio Branco, Assis Brasil, Brasileia e Xapuri –, a companhia informou que a cheia do Rio Acre, que já está três metros acima da cota máxima, não tem qualquer influência sobre o Rio Madeir


Além disso, conforme a companhia, diferentemente de Rondônia, no Acre, as chuvas que caem no Brasil afetam diretamente as águas do rio. "O Rio Acre tem a nascente em parte do Peru, mas o que está influenciando hoje são os rios que ficam dentro do Brasil, que são o Xapuri e o Espalha. As chuvas que estão caindo no Brasil é que estão influenciando esse nível elevado na bacia do Rio Acre", informou Francisco Reis.
Cheia histórica
A marca histórica do Rio Madeira até o momento é de 19,74 metros, registrada em 2014. A cheia atingiu os municípios de Porto Velho, Nova Mamoré e Guajará-Mirim e afetou cerca de 97 mil pessoas, sendo que 35 mil ficaram desabrigadas ou desalojadas. No inicio, as famílias foram levadas para escolas e igrejas, mas posteriormente foram alocadas em barracas no Abrigo Único da capital, para não prejudicar o ano letivo.
Os custos para a recuperação total dos locais afetados foram estimados em R$ 4,2 bilhões e o tempo necessário foi calculado em 10 ano

FONTE-G1/RONDONIA