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JP II diz que trânsito deixou quase 6 mil traumatizados, em um ano, em RO


No ano de de 2014, o Hospital de Pronto Socorro João Paulo II atendeu 5.925 pacientes vítimas de acidentes de trânsito, todos com algum tipo de trauma, segundo o diretor geral do hospital, Carlos Alberto Caieiro. Destes, 4.697 envolvem pacientes que sofreram acidentes com motocicletas. Em 2015, em apenas oito meses (de janeiro a agosto), foram registrados 3.656 atendimentos a acidentados. As vítimas de motos somam 2.890, quase 80% dos casos.
Carlos Alberto Caieiro, diretor geral do João Paulo II  (Foto: Toni Francis/G1)Carlos Alberto Caieiro, diretor geral do João Paulo II
(Foto: Toni Francis/G1)
De acordo com dados divulgados pela direção geral do hospital, dos acidentados atendidos em 2014, 73% são de Porto Velho ou sofreram acidentes na capital. Neste ano, o percentual aumentou 3%, afirmou Caieiro.

Segundo ele, a unidade de saúde chega a atender 15 pacientes vítimas de algum tipo de acidente de trânsito e realiza cerca de seis cirurgias de baixa complexidade por dia.
“Esse número é alto porque, além deRondônia, o João Paulo II atende pacientes acidentados de cidades acreanas (Acrelândia, Boca do Acre e Xapuri), do Amazonas (Apuí, Humaitá, Lábrea e Manicoré) e até da Bolívia”, salienta.
Carlos Alberto explica que o Hospital Regional de Cacoal já atende algumas demandas, mas ainda não impacta a ponto de reduzir a quantidade de atendimentos feitos no João Paulo II. “Acidentados de Vilhena, por exemplo, que poderiam ser atendidos em Cacoal, são encaminhados a Porto Velho. No último mês de julho, 16 acidentados de Vilhena foram atendidos no pronto socorro”, ressaltou.
O diretor acredita que o número de atendimentos no pronto socorro deve diminuir depois da inauguração do Hospital de Emergência e Urgência de Rondônia (Heuro), que está sendo construído pelo Governo do Estado, aos fundos do Hospital de Base Ary Pinheiro, em Porto Velho. “Mas, mesmo com o Heuro, Porto Velho necessita de um hospital de ortopedia e trauma”, acentua Caieiro.
Enquanto a situação não muda, centenas de pacientes disputam os 139 leitos da UTI do JPII. “O quadro ainda não é o ideal, mas já dispomos de mais 70 leitos, em dois hospitais terceirizados, e de uma equipe formada por dois ortopedistas 24h, três clínicos, dois anestesistas, dois cirurgiões, dois neurologistas, mais o pessoal de apoio, além de especialistas que ficam de sobreaviso, como psiquiatras, cirurgião vascular e castro”, afirma o diretor geral do Hospital João Paulo II.
Ainda segundo ele, o espaço físico é o maior problema, "mas já houve avanço". O hospital conta hoje com tomografia, sala do centro cirúrgico e laboratório próprio. Quanto ao desempenho, o diretor afirma que a unidade de saúde atende 150 pacientes em 24h. Ou seja, o tempo de espera para o atendimento diminuiu. A informação é corroborada por Antônio Rodrigues do Nascimento, 37 anos. Ele trabalha de serviços gerais e sofreu acidente de moto em Ouro Preto do Oeste, interior do Estado.
Jovem ficou ferido gravemente na perna após batida (Foto: Extra de Rondônia/ Reprodução)Maioria dos traumatizados em acidentes de trânsito
são motociclistas
(Foto: Extra de Rondônia/ Reprodução)
“Transitava em uma moto 150 cilindradas, pela Linha 160, no setor rural, quando colidi frontalmente com uma caminhonete. Fraturei o fêmur e tive escoriações na perna direita”. O acidente aconteceu no início da tarde de quarta-feira (16). Encaminhado ao João Paulo II, Antônio diz ter sido atendido em menos de duas horas. “Gostei do atendimento, demorou um pouco, cerca de uma hora, mas já conversei com um médico”, disse.
A portovelhense Creuzenir Fernandes de Carvalho, 32 anos, vítima de acidente com moto, também afirma que esperou poucos minutos para ser atendida. Ela conta que transitava de moto pelo bairro 4 de Janeiro, quando outra moto invadiu a preferencial e ocorreu o acidente. Ela sofreu fratura no braço direito e aguarda cirurgia. “Gostei do atendimento, foi rápido”, disse Creuzenir.
Segundo a direção do João Paulo II, pacientes que chegam em ambulâncias do Corpo de Bombeiros ou do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), geralmente considerados de nível vermelho (grave), são atendidos com urgência.
Fonte;G1/RO