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Ações em presídios, integração das forças de segurança e acordo entre facções: o que está por trás da redução de mortes em três estados do país


Em 2018, o Brasil teve a maior queda no nº de assassinatos dos últimos 11 anos; a tendência continua nos primeiros meses de 2019. G1 investigou mais a fundo a situação no AC, no CE e no RN para entender o que pode ter levado à redução da violência nos estados.

Desde 2018, os índices de assassinatos no país têm apresentado uma nova tendência, pouco familiar à realidade brasileira: a de queda. O balanço do ano mostra que o Brasil teve uma redução de 13% nas mortes violentas em relação a 2017, a maior queda dos últimos 11 anos da série histórica do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. E tudo indica que o movimento continua em 2019, já que os números apontam redução nos primeiros meses deste ano.

Os dados, coletados por repórteres do G1 mensalmente, são consolidados no índice nacional de homicídios, do Monitor da Violência, uma parceria com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e com o Fórum.

Para entender o que pode estar por trás da tendência de queda, o G1 foi a fundo nos cenários de segurança pública de três estados que se destacaram por suas reduções: Acre, Ceará e Rio Grande do Norte. Especialistas, integrantes e ex-integrantes dos governos e entidades foram consultados para levantar as principais medidas tomadas nos estados que podem ter resultado na queda da violência.

Entre as medidas adotadas estão:

Ações mais rígidas em prisões, como constantes operações de revistas e implantação do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD)
Isolamento ou transferência de chefes de grupos criminosos para presídios de segurança máxima
Criação de secretaria exclusiva para lidar com a administração penitenciária
Criação de delegacia voltada para investigar casos de homicídios
Integração entre as forças de segurança e justiça
Para Bruno Paes Manso, pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP, o crime e o tráfico de drogas passaram a se estruturar a partir de conexões entre lideranças dentro e fora das prisões, replicando o modelo de negócio que vigorou em São Paulo e se expandiu para diversos estados nos últimos anos. "Essa nova configuração do crime permitiu aos governos e justiça terem mais capacidade de controlar os conflitos nesta ampla rede criminal a partir da identificação das cadeias de comando e das lideranças mais influentes, boa parte delas nos presídios."
Fonte G1.COM

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