Protesto foi organizado por torcidas de times de futebol como Corinthians, Palmeiras e São Paulo. PM usou bombas de efeito moral para dispersar torcedores, que atiraram pedras e paus.
A primeira confusão começou por volta de 13h, quando torcedores de pelo menos três clubes de futebol - Corinthians, Palmeiras e São Paulo - se manifestavam contra o fascismo e em defesa da democracia.
Inicialmente, o embate foi com um grupo de defensores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que também realizam ato no local a favor da reabertura do comércio durante a pandemia.
A Polícia Militar (PM) usou, então, bombas de efeito moral para dispersar a confusão entre torcedores e bolsonaristas. Foi feito um cordão de isolamento entre os dois grupos, que estavam entre os prédios do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e da Federação da Indústrias de São Paulo (Fiesp).
Manifestante pró-democracia (à esquerda) discute com manifestante bolsonarista na Avenida PaulistA.
Até a última atualização desta reportagem, não estava claro quem começou as provocações. Vídeos postados em redes sociais mostram pessoas dos dois grupos trocando agressões verbais. Uma mulher que segurava um bastão chegou a ser barrada pela polícia enquanto provocava os manifestantes pró-democracia. Um homem também foi filmado avançando para cima de um torcedor, enquanto o xingava.
Segundo o coronel Álvaro Camilo, secretário executivo da PM de SP, por volta de 15h, não era possível afirmar ainda quem iniciou a confusão. “As imagens, os atos, analisando claramente vamos saber quem começou”, disse. “A Polícia vai agir agora para manter a ordem. Não interessa o grupo, não interessa o lado."
Confronto com policiais
Por volta das 14h, ocorreu novo confronto, dessa vez entre policiais militares e os torcedores pró-democracia. Os PMs voltaram a atirar bombas de efeito e os torcedores arremessaram pedaços de paus e pedras nos policiais. A PM passou a usar gás lacrimogêneo e a atirar balas de borracha para afastar os manifestantes ligados às torcidas.
“A polícia estava ali entre os dois grupos antagônicos para manter a segurança de todos. Num determinado momento começaram a atirar pedras contra a Polícia militar, que usou bombas de efeito moral”, disse o coronel Álvaro Camilo em entrevista à GloboNews.
Da GloboNews
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