Um estudo realizado com 263 crianças de comunidades ribeirinhas de Rondônia associou níveis de mercúrio no cabelo dos participantes a um menor desempenho em testes de funções neurocognitivas. Publicada no periódico Neurotoxicoloy, a pesquisa foi feita com crianças em idade escolar (de 6 a 14 anos) da região do rio Madeira, um dos principais afluentes do rio Amazonas. Nela se refere que o tóxico é consumido em forma de metilmercúrio (MeHg) nos peixes.
As crianças com maiores níveis de mercúrio no cabelo tiveram pior desempenho em tarefas neurocognitivas. A cada 10 μg/g a mais no nível de mercúrio, o desempenho diminuiu meio desvio padrão em quociente de inteligência (QI) verbal, escores de QI estimados, conhecimento semântico, fluência verbal fonológica e memória operacional verbal e visuoespacial (análise controlada por idade, sexo e educação materna).
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o valor de referência para níveis aceitáveis de mercúrio em humanos é de até 2 μg/g. Embora a mediana da população do estudo tenha sido próxima a este valor (2,05 μg/g), metade da amostra apresentou níveis acima do ponto de corte para risco à saúde humana. E 25% das crianças apresentaram níveis que variaram de 4,03 μg/g a 21,75 μg/g, o que significa que um grande grupo apresenta níveis de exposição muito superiores ao recomendado pela OMS.
Fonte - Revista.painelpolitico
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