Pagamento do auxílio emergencial não será afetado
Publicado em terça-feira, 15 Setembro, 2020 - 19:30 Por Victor Ribeiro - Brasília
O ministro da Economia, Paulo Guedes, participou do evento digital Painel Telebrasil nesta terça-feira (15), e comentou a decisão do presidente Jair Bolsonaro de não criar o programa Renda Brasil e manter o Bolsa Família. Guedes defendeu o que considerou uma escolha política de Bolsonaro.
O programa Bolsa Família foi criado no fim de 2003, a partir do Bolsa Escola, e substituiu o Fome Zero. Após a crise econômica de 2008, o Bolsa Família se tornou referência para diversos países, inclusive europeus. Os beneficiários são pessoas em situação de extrema pobreza, e que precisam dar contrapartidas como manter os filhos na escola e fazer cursos profissionalizantes. No começo deste ano o programa repassou, em média, R$ 191 por mês para cada família.
A ideia inicial do presidente Bolsonaro era aproveitar o recadastramento feito pelo auxílio emergencial e reformular a estratégia de transferência de renda, criando o Renda Brasil. O objetivo era que o novo programa social pagasse benefícios com valores mais altos que o Bolsa Família.
Mas desde que Jair Bolsonaro comentou publicamente essa vontade, levantamentos feitos pela equipe econômica vazaram para a imprensa. Foi o que ocorreu no fim de semana, quando relatórios internos apontavam a possibilidade de congelar o valor de benefícios previdenciários para alocar recursos no Renda Brasil.
Nesta terça-feira, o presidente criticou esses vazamentos, e disse que pode dar cartão vermelho para o integrante do governo que quiser tirar recursos de pessoas pobres para repassar aos mais pobres. O ministro Paulo Guedes também condenou os vazamentos.
Com a decisão anunciada, o pagamento do auxílio emergencial não será afetado: continua até o mês de dezembro. A partir de janeiro, as pessoas em situação de extrema pobreza voltam a receber o Bolsa Família, como era até o mês de abril.
Edição: Ana Pimenta
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