Almir Suruí declarou que "o povo indígena está preparado para se defender". O MPF emitiu um comunicado afirmando ser espantoso que a Funai "tenha acionado aparato policial federal para perseguir lideranças indígenas".
A defesa diz que na verdade o propósito da campanha foi atender às demandas emergenciais de alimentos, materiais de limpeza e cuidados básicos de higiene do povo, para mantê-los em isolamento durante a pandemia. A Justiça Federal confirmou nos autos que não há provas e nem sequer indícios mínimos que comprovem qualquer tipo de inferência ilícita na campanha.
O Ministério Público Federal (MPF) emitiu um comunicado afirmando que os indígenas apenas exercitaram direito de liberdade de expressão, "causando espanto que a Funai tenha acionado aparato policial federal para perseguir lideranças indígenas que lutam pela sobrevivência de seu povo".
O G1 entrou em contato com a Funai e, até a última atualização desta reportagem, não obteve posicionamento oficial sobre o caso.
Grupo indígena recorre à Justiça para trancar inquérito que investiga Sonia Guajajara
PF intima líder indígena por documentário que critica ação do governo na pandemia
Jandui Suruí, cacique da aldeia Placa, emitiu uma nota de repúdio manifestando descontentamento com o poder público e a Funai por abrir o inquérito contra Almir. Segundo o povo Placa o atual governo não atende de forma respeitosa os indígenas.
"A Funai que deveria promover assistência, proteção, garantias de direito, promover a nossa autonomia e liberdade de expressão, mas com essas ações buscar intimidar os povos indígenas em uma tentativa de cercear a nossa liberdade de expressão, que é a ferramenta mais importante para denunciar as violações de direitos humanos. Nós seremos resistência. Continuaremos em luta pela defesa dos nossos direitos fundamentais e pela vida", consta na nota do povo indígena.
0 Comentários