William transmitiu ao vivo, através do Facebook, a invasão à sede dos Três Poderes. Ele já foi sargento da Polícia Militar de Rondônia e nas Eleições 2022 se candidatou a deputado estadual, mas não foi eleito.
O bolsonarista, ex-candidato a deputado estadual, William Ferreira, foi preso durante a 4ª fase da operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (3). A ação tem como alvo envolvidos nos atos golpistas do dia 8 de janeiro.
William transmitiu ao vivo, através do Facebook, a invasão à sede dos Três Poderes. Na ocasião, milhares de terroristas bolsonaristas depredaram o patrimônio público, incluindo artes e outras peças históricas.
As imagens mostram que dentro da Suprema Corte, o bolsonarista percorre os corredores e passa por dentro do plenário, onde todas as cadeiras e poltronas dos ministros foram arrancadas e danificadas por terroristas. Nas imagens ele mostra os vidros do STF quebrados e documentos jurídicos destruídos.
Inicialmente o ex-candidato a deputado negou a ação e disse que estava de férias em Brasília, viu o 'quebra-quebra' e por isso decidiu mostrar os atos em suas redes sociais.
Na manhã desta sexta-feira, ele foi preso preventivamente pela PF. Os perfis das redes sociais de William foram retirados do ar.
Quem é William Ferreira?
Conhecido como “O Homem do Tempo”, William Ferreira já foi sargento da Polícia Militar de Rondônia e nas Eleições 2022 se candidatou como deputado estadual, mas não foi eleito.
Antes disso, ele já havia tentado vagas na Câmara de Vereadores e Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO), desde 2012. Em todas, ficou apenas como suplente.
Ele tem 58 anos, é casado natural do Distrito Federal (DF) e conhecido em Rondônia por fazer transmissões nas redes sociais mostrando flagrantes da cidade, como acidentes e crimes policiais.
William foi ao Distrito Federal acompanhado da esposa e das filhas, menores de idade.
Operação Lesa Pátria
Durante a 4ª fase da Operação Lesa Pátria, são cumpridos três mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão em cinco estados - Rondônia, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso, São Paulo - e no Distrito Federal.
A PF afirma que os fatos investigados na operação, em tese, constituem os crimes de:
abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
golpe de Estado;
dano qualificado;
associação criminosa;
incitação ao crime;
destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
A qualificação dos crimes, no entanto, deve ser feita apenas ao fim das investigações, quando os suspeitos forem denunciados formalmente à Justiça pelo Ministério Público.
Fonte G1/RO
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