PF identificou 12 pontos de desmatamento dentro da área de reserva, localizada entre Porto Velho, Nova Mamoré e Buritis.
A Polícia Federal iniciou, nesta quinta-feira (11), uma operação para retirar invasores e madeireiros da Terra Indígena Karipuna, localizada entre os municípios de Porto Velho, Nova Mamoré (RO) e Buritis (RO). A ação aconteceu depois de uma investigação detectar 12 pontos de desmatamento dentro da área de reserva.
Com apoio de tropas especiais, uso de aeronaves e equipamentos, a ação deve fazer incursões estratégicas em diversos pontos da terra indígena. A polícia diz que a "aeronave foi disponibilizada para o deslocamento do efetivo e análise de pontos de interesse, com foco em possíveis ocupações ilegais e retirada criminosa de madeira".
Durante as primeiras horas da ação, segundo a PF, foram identificadas ao menos 20 madeireiras e serrarias que ficam nas proximidades da reserva. Essas empresas clandestinas recebem as madeiras extraídas do interior da reserva e são ilegalmente comercializadas, mediante esquema fraudulento.
A operação não tem data para terminar e por questões de segurança e estratégia, a PF não divulgou quantos invasores foram retirados ou flagrados dentro da área nesta quinta-feira.
Ao menos 91 servidores participam da operação, sendo 80 policiais federais, 10 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e um da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
De acordo com a PF, também está sendo investigado se os suspeitos da invasão de terra indígena usam laranjas e planos de manejo fraudulentos em Rondônia e em outros estados.
TERRA INDÍGENA MAIS DESMATADA
A Terra Indígena Karipuna tem mais de 150 mil hectares de área e fica situada a 100 quilômetros da área urbana de Porto Velho.
No ano passado, um relatório do Observatório da BR-319 apontou que a Terra Indígena Karipuna foi a mais desmatada entre as 69 áreas indígenas que ficam no entorno da rodovia federal BR-319.
De janeiro a dezembro foram 1.733 hectares desmatados na TI Karipuna, basicamente metade de todo o desmatamento registrado nas 10 terras indígenas localizadas no eixo da BR.
2022 também foi o que a T.I mais queimou, concentrando o maior número de focos de queimadas, de acordo com dados do relatório.
Por g1 RO
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