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Rússia acusa EUA de estar por trás de tentativa de assassinar Putin e lança drones em Kiev

 Moscou lançou 24 drones militares ao território ucraniano, um dia depois de acusar Kiev de tentar atacar o Kremlin com drones para atingir presidente russo. Zelensky visitou Tribunal de Haia e pediu Corte especial para julgar crimes de guerra.


Um dia após acusar a Ucrânia de tentar matar o presidente Vladimir Putin com um ataque por drones, a Rússia afirmou nesta quinta-feira (4) que os Estados Unidos também estão por trás do suposto atentado.

Nesta manhã, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que Washington "está definitivamente por trás desse ataque". "Estamos bem cientes disso", declarou.

Na quarta-feira (3), Moscou acusou Kiev de tentar atacar o Kremlin - a sede do governo russo - com drones com intuito de assassinar o presidente Vladimir Putin.

Um vídeo capturou imagens de um drone se aproximando do complexo do Kremlin e uma explosão na sequência - o equipamento aéreo foi neutralizado nesse momento, segundo Moscou.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, negou qualquer envolvimento na ação, mas Moscou voltou a acusar Kiev e prometeu uma resposta dura, inclusive contra os Estados Unidos e a Europa.

A Casa Branca não havia respondido à acusação até a última atualização desta notícia.

Resposta

Também nesta quinta, Moscou, que havia prometido uma resposta dura, lançou uma nova ofensiva aérea com 24 drones militares ao território ucraniano, incluindo Kiev, segundo a Força Aérea da Ucrânia.

Desse total, 18 foram interceptados, segundo a Força Aérea da Ucrânia. Não há registro de vítimas ou danos.

"Os invasores lançaram até 24 drones de ataque Shahed-136/131 (...) A Força Aérea da Ucrânia, em cooperação com outras unidades de defesa aérea, derrubou 18 drones de ataque", disse a Força Aérea ucraniana em um comunicado.

Zelensky em Haia


Também nesta quinta, Volodymyr Zelensky visitou a Corte Penal Internacional, em Haia, na Holanda. Na visita, ele discursou e pediu que fosse criada um Tribunal especial para julgar apenas crimes de guerra.

"O agressor precisa sentir a força da Justiça. Esta é uma responsabilidade histórica nossa", declarou.

Os drones desta quinta também foram lançados contra a capital Kiev. O comandante da administração militar da cidade, Serguei Popko, disse que esta foi a terceira tentativa de ataque na capital em maio.

"Nossa cidade não registrava tamanha intensidade nos ataques desde o início do ano", afirmou.

Popko disse ainda que alguns destroços dos drones abatidos caíram em diferentes partes de Kiev, sem provocar feridos.

Por g1

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