Agência vinculada à Organização Mundial da Saúde deve declarar que o adoçante aspartame faz parte da lista. Órgão também recomenda baixa ingestão de carne processada e de álcool.
Um dos adoçantes artificiais mais comuns do mundo, o aspartame deve ser declarado como possível cancerígeno pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc, na sigla em inglês), que é ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS).
A Iarc recomenda ainda uma evitar de carne processada e limitar o consumo de carne vermelha, como forma de prevenção de câncer de intestino e de estômago. Além disso, a instituição alerta que beber álcool pode estar relacionado à causa de vários tipos de câncer.
Ainda de acordo com a Iarc, estima-se que o risco de câncer é cerca de 11% menor em pessoas que comem principalmente alimentos de origem vegetal (vegetais, leguminosas, cereais não processados e grãos) em comparação com pessoas com baixa ingestão de alimentos vegetais.
🥤 Aspartame
O aspartame é usado em produtos como refrigerantes dietéticos. De acordo com alguns estudos, cerca de 95% dos refrigerantes carbonatados (bebidas efervescentes não alcoólicas) que contêm adoçante usam aspartame.
A decisão da agência, finalizada no início de junho deste ano, deve ser anunciada em 14 de julho e não leva em conta a quantidade que pode ser considerada segura para consumo. A informação de que a OMS deve apontar a substância como potencialmente cancerígena foi obtida pela agência Reuters.
Esta será a primeira vez que o adoçante receberá essa classificação pela Iarc, e o objetivo é fomentar pesquisas para avaliar perigos potenciais, com base em todas as evidências científicas publicadas.
Decisões semelhantes da Iarc no passado para substâncias diferentes levantaram preocupações entre consumidores e resultaram em ações judiciais, além de pressionar fabricantes a recriar receitas e procurar por alternativas.
A agência também foi alvo de críticas, que afirmam que as avaliações da Iarc podem ser confusas para o público.
No Brasil, a Anvisa diz haver consenso entre diversos comitês internacionais considerando o aspartame seguro.
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