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Após acordo com Hamas, pressão sobre Israel por cessar-fogo total vai aumentar nas próximas semanas

 Acordo que prevê cessar-fogo temporário estabelece a troca de reféns israelentes em Gaza por prisioneiros palestinos em Israel. Em entrevista ao podcast O assunto, jornalista disse que futuro da guerra ainda é incerto.

O jornalista Guga Chacra afirmou em entrevista ao podcast O Assunto que ainda é incerto o futuro da guerra entre Israel e Hamas em meio ao acordo desta quarta-feira (22) que prevê troca de prisioneiros palestinos por reféns israelenses e trégua temporária. No entanto, segundo Guga, a pressão sobre Israel por um cessar-fogo definitivo deverá aumentar nas próximas semanas.

Em conversa com Natuza Nery, Guga afirmou que continua sendo "um mistério" como Israel vai fazer para destruir o Hamas se, para isso, teria que "prosseguir com operação no sul da Faixa de Gaza em meio a 2 milhões de civis que não têm para onde ir".

Guga lembrou que, quando começaram os ataques no norte da Faixa de Gaza, muita gente da região se deslocou para o sul, que acabou também sendo alvo de bombardeios. Mas essa população já não tem para onde fugir em caso de ataque por terra.

Com parte do norte da Faixa de Gaza destruída, os palestinos que estão no sul não veem como possibilidade tentar fugir para o Egito, que também não quer permitir a entrada de refugiados.

"Não está muito claro o que pode vir pela frente. Lembrando que a pressão sobre Israel pra um cessar-fogo total vai prosseguir com certeza e se intensificar nas próximas semanas", afirmou Guga.


Pressão interna e externa

O jornalista explicou por que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se viu obrigado a aceitar o cessar-fogo neste momento. Já havia uma pressão de organismos internacionais e multilaterais e de autoridades de outros países cobrando uma saída neste sentido. A pressão dentro de Israel foi aumentando devido aos israelenses que seguem mantidos reféns.

"Primeiro, [existe] a parte da pressão externa, mas muito [do acordo de cessar-fogo vem] da pressão interna em Israel. Você tem os familiares das vítimas: um pai, um filho, um irmão, uma irmã que é mantida refém. A prioridade, não só dos parentes, mas de muita gente em Israel é a seguinte: o mais importante é libertar os reféns com vida", diz Guga.

"É isso [libertar reféns com vida] que deveria ser a prioridade, mais até do que destruir o Hamas. Destruir o Hamas poderia ficar pra depois porque agora essas pessoas têm que voltar com vida. Então, foi crescendo a pressão sobre Netanyahu."


Objetivos atingidos no norte de Gaza

O jornalista destacou, ainda, que parte dos objetivos de Israel foram atingidos no norte de Gaza, o que pesou na conta de Netanyahu na hora de aceitar o acordo.

"Havia resistência [em aceitar o cessar-fogo] dos partidos da extrema direita, que eram contrários à negociação com o Hamas nesse momento. Mas Netanyahu acabou calculando que agora era o momento. Ele também conseguiu atingir alguns objetivos ali no norte da Faixa de Gaza. Então, avaliou que agora poderia ser o momento de levar adiante pelo menos essa troca inicial de reféns, e permitir que mulheres e crianças sejam libertadas", disse.








Por g1

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