Em comunicado, grupo terrorista diz que atentado é 'resposta' a ações de Israel na Faixa de Gaza.
Um ataque a tiros deixou três pessoas mortas e outras seis feridas em Jerusalém, em Israel, na manhã desta quinta-feira (30), pelo horário local.
O Hamas reivindicou autoria e disse que os autores do atentado faziam parte do Al-Qassam, o braço armado do grupo terrorista.
Segundo a imprensa israelense, um homem, que é rabino, e duas mulheres foram as vítimas do ataque, que ocorre no último dia da prorrogação da trégua entre Israel e Hamas.
A polícia de Jerusalém afirmou que os terroristas, armados com um rifle e uma pistola, se aproximaram de um posto de controle entre a Cisjordânia e Israel e, de lá, dispararam contra civis em um ponto de ônibus na entrada de Jerusalém.
Logo, em seguida, foram mortos por militares israelenses, ainda segundo a polícia.
De acordo com a polícia, a mulher de 24 anos morreu no local. Outro homem chegou a ser resgatado com vida, mas morreu no hospital. Informações sobre a terceira vítima que morreu ainda não haviam sido divulgadas até a última atualização desta notícia.
Em comunicado, o Hamas afirmou que o ataque terrorista "foi uma resposta natural a crimes sem precedentes que vêm sendo conduzidos pela ocupação", em referência a ações de Israel na Faixa de Gaza.
A agência interna de inteligência de Israel, Shin Bet, identificou os assassinos como os irmãos Murad e Ibrahim Namer. Murad, ainda de acordo com a Shin Bet, já havia sido preso no passado acusado de colaborar com grupos terroristas.
"Este evento prova mais uma vez como não devemos mostrar fraqueza, que devemos falar com o Hamas apenas através apenas através da guerra", disse o ministro da Segurança Nacional, de extrema direita, Itamar Ben Gvir, no local do ataque.
A Embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém condenou o ataque. Já o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que está em Tel Aviv, afirmou que o tiroteio é um lembrete "da ameaça do terrorismo que Israel e os israelenses enfrentam todos os dias".
Em 2022, a explosão de uma bomba no mesmo ponto de ônibus provocou a morte de um adolescente de 16 anos e deixou outras 18 pessoas feridas.
O atentado desta quarta ocorre no último dia da mais recente prorrogação do acordo de trégua entre Israel e Hamas. Pelo combinado, tropas israelenses fazem um pausa temporária nos ataques a Gaza e, em contrapartida, o grupo terrorista liberta reféns.
Uma nova leva de dez sequestrados pelo Hamas deve ser solta nesta tarde, segundo o governo israelense.
Casos anteriores
Esta não foi a primeira vez que Jerusalém foi alvo de um ataque a tiros neste ano. Em janeiro, um ataque terrorista deixou sete mortos e 10 feridos em uma sinagoga. Um dia depois, outro ataque feriu duas pessoas perto do centro histórico da cidade.
Os casos marcaram uma escalada de violência entre israelenses e palestinos que precedeu a guerra entre Hamas e Israel.
Por g1
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