Lili Rodrigues forma chapa com Samuel Costa na Federação Rede-PSOL. Ela publicou um vídeo no Instagram denunciando o caso e pedindo proteção para as mulheres.
A candidata a vice-prefeita de Porto Velho pela Federação Rede-PSOL, Liliane Rodrigues, usou as redes sociais neste sábado (5) para denunciar que foi estuprada por um homem na noite da sexta-feira (4) na capital de Rondônia.
“No dia 4 de outubro, após uma reunião política, eu sofri a maior violência que uma mulher pode viver na vida. Eu tô aqui pra falar sobre a violência que eu senti só por ser mulher”, contou a vítima no vídeo.
O caso foi confirmado pela Secretaria de Estado de Segurança (Sesdec). Além de candidata, Lili Rodrigues (nome de urna) também é presidente do PSOL em Rondônia.
Abalada, Lili diz que queria estar falando sobre a campanha, mas na verdade o vídeo é um pedido de socorro para as mulheres. Ela pede medidas de proteção e políticas públicas à vítimas como ela.
Segundo o relato policial do caso, a candidata estava em uma reunião em uma residência. Em determinado momento ela se deitou devido ao cansaço e acordou sendo abusada. Assusta, ela se trancou em um banheiro e, em seguida, deixou o local em estado de choque.
Lili procurou a polícia e denunciou o caso na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Porto Velho. Depois disso, a vítima precisou passar por exames médicos, incluindo corpo de delito, e tomar medicações.
Liliane solicitou à Justiça medida protetiva contra o suspeito. Até a última atualização desta reportagem, a polícia não divulgou se o homem foi preso.
Em vídeo, o candidato a prefeito de Porto Velho que forma a chapa com Lili, Samuel Costa (Rede), falou sobre o caso “com profundo pesar e indignação” pedindo justiça e prestando apoio à sua vice.
“Liliane, uma mãe solo, mulher periférica e lésbica, foi vítima de um crime bárbaro, que não apenas atenta contra sua integridade, mas também contra os valores de justiça e igualdade que todos devemos proteger”, publicou.
Porto Velho, a capital Brasileira mais violenta para mulheres, é cenário de mais um crime bárbaro, a mais terrível forma de violência que uma mulher pode sofrer: a violação de seu corpo.
Esse episódio absurdo, ocorrido dentro de sua residência, a dois dias das eleições, atinge não só a vítima, mas representa um ataque a todas as Mulheres da nossa cidade, Estado e País, assim como às Instituições que lutam pela eliminação da violência de gênero e para que a justiça nesses casos seja feita.
Neste momento de dor e consternação afigura-se também ocasião propícia para a união de esforços que visem estirpar a cultura do estupro da sociedade e, além da resposta penal, o momento reclama transformação, capacitação de profissionais e sensibilização da sociedade para que nos crimes de estupro somente o crime seja julgado, não a vítima.
Fonte G1/RO
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