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Preso condenado pela morte e sumiço de família em RO é achado morto dentro de presídio

Fabiano Andreotti, de 30 anos, apresentava cerca de 19 perfurações no corpo e dois presos confessaram crime no Centro de Ressocialização de Ariquemes.

Um detento de 30 anos, condenado pela morte e desaparecimento da família Gonzales, foi encontrado morto na manhã desta segunda-feira (28) dentro de uma das celas do Centro de Ressocialização de Ariquemes (RO), no Vale do Jamari.

Segundo o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), Fabiano Andreotti de Souza foi condenado em setembro de 2014 a 35 anos e dois meses de reclusão por planejar o crime e assassinar Agnaldo da Silva Gonzales, Gleiciane do Amaral Teotoni e o filho deles, Matheus do Amaral Gonzales, de cinco anos.

Porém, ele permaneceu foragido até junho de 2018, quando foi preso dentro de um táxi, no Setor 2, em Ariquemes, tentando fugir para Guajará-Mirim (RO).

Conforme os agentes penitenciários, o corpo do detento foi encontrado morto pelos agentes penitenciários por volta das 8h30, na cela 20 e o apenado apresentava cerca de 19 perfurações na região do peito e pescoço, causados por chucho, objeto perfurante artesanal.

Equipes da Polícia Civil, perícia técnica e Instituto Médico Legal (IML) se deslocaram até o presídio após a confirmação da morte para iniciar os trabalhos de investigação.

De acordo com o delegado regional, Rodrigo Duarte, dois detentos confessaram terem assassinado Fabiano Andreotti.

“Um dos detentos disse ter sido o autor efetivo do crime e outro só teria ajudado, mas vamos verificar o nível de participação. Levando em conta o porte física da vítima, acreditamos na possibilidade de outras pessoas terem auxiliado a pelos segurar a vítima e isso será averiguado”, explicou o delegado.


Crime ocorreu na cela 20 do Centro de Ressocialização de Ariquemes — Foto: Jeferson Carlos/G1
Duarte também revelou que todos os suspeitos serão submetidos ao interrogatório para se chegar ao motivo da morte e que a Polícia Civil investigará como eles teriam conseguido o material para efetuarem o crime dentro da cela onde cumpriam a pena.

“Será apurado se esse instrumento foi retirado da cela ou levado por alguém. Depois do interrogatório dos suspeitos, teremos um juízo de valor melhor sobre o que aconteceu e é muito possível que haja a lavratura da prisão em flagrante por homicídio qualificado, pelo menos, em desfavor destes dois detentos”, disse.

As causas da morte serão confirmadas oficialmente após o laudo pericial. Após o trabalho da perícia, o corpo do detento foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) do município.

Condenação

Fabiano, o pai dele, e outros dois homens foram considerados culpados pelos crimes de extorsão qualificada pela privação da liberdade com resultado morte, falsidade ideológica, uso de documento falso, formação de quadrilha armada e a ocultação de cadáver do casal e do filho deles.

O julgamento aconteceu em setembro de 2014, em Ariquemes. João Luiz de Souza, pai de Fernando e vizinho de Agnaldo, apontado como mandante do crime, foi condenado a 37 anos e 2 meses de prisão; Fabiano a 35 anos e 2 meses; José Aparecido de Oliveira a 35 anos e 2 meses e Lorivaldo Pereira de Oliveira a 43 anos.

Lorivaldo, considerado como “peça chave” do caso foi morto numa troca de tiros com a polícia em fevereiro de 2014, após fugir da Casa de Detenção de Ariquemes. O confronto aconteceu cinco dias após a fuga, na zona rural de Machadinho D'Oeste (RO).

João Luiz de Souza foi morto dentro de carro na BR-421, em Ariquemes, em 2017 — Foto: Diêgo Holanda/G1

João Luiz de Souza foi assassinado a tiros em outubro de 2017 dentro de um automóvel na BR-421, próximo a cabeceira da ponte do Rio Jamari. Um rapaz de 25 anos que estava no carro também foi assassinado.

Famíla de Monte Negro desapareceu em 2012 e corpos nunca foram encontrados — Foto: Reprodução/TV Rondônia

A família morava em uma propriedade rural e foi vista pela última vez no dia 29 de julho de 2012. Dias depois do desparecimento, o carro da família foi encontrado incendiado, na região do assentamento Élcio Machado, que fica no limite entre os municípios de Monte Negro e Buritis, cerca de 15 quilômetros de distância do sítio do casal.

Segundo a Polícia, a família pode ter sido morta no dia que foi registrada como desaparecida. O interesse pelos bens da vítima, que possuía dois lotes de terras, cerca de 400 cabeças de gado, uma moto e um carro, teria motivado o crime.

Várias buscas foram realizadas em toda a região, mas os corpos do casal e o filho nunca foram localizados.

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