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Vereador denuncia abordagens brutas de policiais que atuam na Operação Nova Mutum, em RO

 PM diz "desconhecer qualquer ação de truculência durante a operação".


O vereador de Nova Mamoré (RO), José Carlos, denunciou ser vítima de perseguição por parte das forças militares que atuam na Operação Nova Mutum. Segundo o vereador, os moradores da região precisam se submeter diariamente a abordagens brutas e constrangedoras dos policiais.


Em boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil, o parlamentar relata que em alguns casos os agentes estariam batendo nas pessoas abordadas, que geralmente são sitiantes que utilizam a via para se deslocar. Por esse motivo, eles precisam manter relações "amistosas" com os policiais para não sofrerem "represálias".


"A gente não quer inibir a polícia. Que ela faça seu trabalho, mas que faça com ordem e decência", aponta o vereador.


A Operação Nova Mutum iniciou esta semana e tem o objetivo de realizar reintegração de posse em oito fazendas de Rondônia. Até o momento, duas pessoas foram presas na ação.


Conflitos

José Carlos mora na Linha 21, próximo ao assentamento Thiago Santos que é uma área de conflitos agrários. Ele relata que os policiais montaram uma barricada próximo à residência onde ele e a família moram legalmente. Desde então, o tráfego na região tem sido dificultado, tanto para ele quanto para outros moradores.


"Para conseguir chegar na minha casa eu tenho que passar pelo cerco policial. Eles estão proibindo de entrar com alimentos e toda vez que a gente sai a gente é revistado", reclama.


O vereador relata que em uma das abordagens, quando os policiais descobriram que ele era vereador se iniciou uma perseguição. Ele também conta que as pessoas da região, quando abordadas pela polícia, são questionadas sobre detalhes de suas vidas.


Essas ações dos militares têm causado medo e insegurança, segundo José e a família. Além da Polícia Civil, ele procurou a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados e a Corregedoria Geral da Polícia Militar.


"Meu filho trabalha em uma propriedade vizinha tirando leite. Ele levanta às 3 horas da manhã, mas não está podendo mais ir, até porque umas viaturas já passaram na frente da minha casa com os faróis apagados. Como eu vou colocar o meu filho para sair para tirar leite? Se encontra essas viaturas ele vai ser tratado como bandido", comenta.


A assessoria de comunicação da PM informou à Rede Amazônica que "desconhece qualquer ação de truculência ou exageros durante a Operação Nova Mutum".

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