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Rondônia 41 anos: “Somos destemidos pioneiros, com uma geração que já se considera rondoniense de fato”, diz professor

 

Nesta quinta-feira, 22 de dezembro, o Estado de Rondônia completa 41 anos de criação. Em entrevista ao RONDONIAGORA, o professor e historiador, Célio Leandro, fala sobre o desenvolvimento do estado ao longo de mais de quarenta décadas, destacando as riquezas que por aqui temos e o que ainda precisa melhorar.

Em 22 de dezembro de 1981, Rondônia foi elevado à categoria de estado e em 4 de Janeiro de 1982 , empossado o coronel Jorge Teixeira de Oliveira como o primeiro governador do 23º estado do Brasil. O novo estado contava com apenas treze municípios: Porto Velho, Ariquemes, Cacoal, Colorado d′Oeste, Costa Marques, Espigão d′Oeste, Guajará Mirim, Jaru, Ji-Paraná, Ouro Preto d′Oeste, Pimenta Bueno, Presidente Médici e Vilhena. 

A Lei que criou Rondônia foi a complementar 41, de 22 de dezembro de 1981.

Olhando para os dias atuais, e lembrando como tudo era lá atrás, nos nossos antepassados, o professor destaca uma evolução na sociedade no que se refere ao pertencimento. “Somos destemidos pioneiros, com uma geração que já se considera rondoniense de fato, não somos mais somente imigrantes ou descendentes de imigrantes, nossa sociedade atual já se considera pertencente, tem conhecimento maior de nossa história e consegue defendê-la”, disse. 

Célio Leandro explica que a atual delimitação territorial teve início em 1943, quando Getúlio Vargas criou o Território Federal do Guaporé, na época, desmembrou-se territórios do Mato Grosso e do Amazonas, constituindo-se o que somos hoje. “O território foi criado com apenas 4 municípios, sendo Porto Velho e Lábrea, e é isso mesmo, pertencia ao Guaporé, vindos do Amazonas e Guajará Mirim e Santo Antônio, vindos do Mato Grosso”, explicou o professor e historiador.

Crise, mas pujante agora

Rondônia já passou por muitas dificuldades desde a sua criação, com destaque para as dificuldades para o escoamento da produção. “Nosso estado que hoje se destaca como estado pujante e próspero, ainda é muito novo se comparando com a maioria dos outros membros da federação, temos grandes dificuldades que impedem um maior desenvolvimento, especialmente no que se refere a logística de escoamento de produção, o que não é um problema recente, mas que é visível uma melhoria constatada. A imaginar que no início da criação do estado a BR não era pavimentada, há relatos de 15 dias de viagem de Vilhena a Porto Velho”, destacou Célio Leandro. 

Muitas pessoas podem não saber, mas Rondônia é o único estado da federação que leva o nome de uma pessoa. A ideia surge em 1956 quando o deputado do Estado do Amazonas, Áureo de Melo, nascido em Abunã, vai sugerir a mudança do nome do território que, até então, chamava-se Guaporé. A ideia era prestar homenagens ao grande sertanista Cândido Mariano da Silva Rondon.

O nosso estado possui muitas riquezas e lugares importantes que devemos preservar, segundo Célio Leandro. “Ao falarmos em preservação, sempre nos vem em mente os monumentos e patrimônios históricos o que é de extrema importância sua preservação. Temos em Rondônia a maior obra portuguesa fora de Portugal, que é o Real Forte Príncipe da Beira, um monumento espetacular que, em qualquer outro lugar do mundo, seria alvo de romarias com cobrança de ingressos, mas além do patrimônio é fundamental a preservação da memória, dos saberes popular e, sobretudo, de nossa história mantendo assim nossas raízes ligando as gerações”, disse. 

Questionado sobre o que nosso estado precisar melhorar, Célio Leandro reafirma a questão a da estrutura de escoamento. “Temos um rico estado produtor, sinto orgulho saber que temos uma das maiores pisciculturas do país, nossos frigoríficos de peixes exportam para todas as partes do mundo, nossa pecuária é exemplo para o país, somo produtores livres de aftosa sem vacinação, uma grande conquista, contudo, ainda carente de melhorias no transporte e escoamento”, afirmou. 

Podemos considerar que Rondônia tem um potencial econômico e turístico muito grande é, atualmente um dos principais destinos de investidos internacionais, graças aos resultados que o estado vem mostrando em sua transparência nas contas públicas. “É possível percebermos que Rondônia sobressai entre todos na região norte, um "novo eldorado" que vem alavancando a economia e educação da região”, finalizou o professor e historiador Célio Leandro.

 professor Célio Leandro

Fonte: Rondoniagora

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