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Fechamento de dois bancos em três dias nos EUA coloca mercado financeiro internacional em alerta

 O Signature Bank quebrou em pleno domingo (12). Na sexta (10), o Silicon Valley Bank, conhecido como o 'banco das startups', já havia sido fechado pelas autoridades americanas.

O fechamento de dois bancos em três dias nos Estados Unidos pôs o mercado financeiro internacional em alerta.

O Signature Bank ocupava a posição 73 no ranking dos melhores bancos da revista Forbes e quebrou em pleno domingo (12).

David foi nesta segunda-feira (13) a uma agência. Ele não consegue acreditar no que aconteceu e queria sacar o dinheiro depositado.

O temor era de um efeito cascata no sistema financeiro americano. É que o Signature foi o segundo banco a sofrer uma intervenção do governo em apenas três dias. Na sexta-feira (10), o Silicon Valley Bank, o SVB, conhecido como o "banco das startups", também foi fechado pelas autoridades dos Estados Unidos. Agora, os dois são administrados por uma instituição federal de seguros de depósitos.


O SVB era a 16ª maior instituição financeira do país, com ativos estimados em mais de US$ 200 bilhões, mas foi muito afetado pela recente queda das ações de empresas de tecnologia e pelo grande investimento que havia feito em títulos do Tesouro americano. O aumento rápido das taxas de juros desde o ano passado fez com que o valor desses títulos despencasse.

Silicon Valley Bank: o que se sabe sobre a maior falência de um banco nos EUA desde 2008
Na quarta-feira (8), o banco vendeu uma grande quantidade desses títulos, em uma transação que resultou em um prejuízo de quase US$ 2 bilhões. No dia seguinte, os clientes, preocupados, começaram a fazer saques. Em apenas um dia, as retiradas chegaram a US$ 42 bilhões.

Na sexta, ficou claro que o SVB não teria dinheiro suficiente para pagar os clientes e foi fechado pelos reguladores.

Nesta segunda, clientes do Silicon Valley Bank e do Signature começaram a sacar seus depósitos. Neste domingo, o governo federal assegurou que eles vão receber integralmente o que tinham nos dois bancos e que o dinheiro não vai sair do bolso do contribuinte, mas de um seguro pago por instituições financeiras.
O fundo criado depois da crise financeira de 2008 tem US$ 100 bilhões. Ainda não está claro se será suficiente para cobrir todos os saques. O Banco Central também lançou um programa de financiamento de US$ 25 bilhões para ajudar bancos em crise.

O principal índice da Bolsa de Valores americana fechou em leve baixa (-0,28%), mas o Nasdaq, índice das empresas de tecnologia, registrou alta (+0,45%).

Os investidores acreditam que o Banco Central americano pode desacelerar a subida dos juros no país.

A preocupação foi além das fronteiras americanas. A estimativa é que quase metade das startups do Reino Unido tenham negócios com o SVB. Lá, o HSBC, um dos maiores bancos do mundo, anunciou a compra da subsidiária britânica do Silicon Valley Bank pelo preço simbólico de “uma libra”, o correspondente a pouco mais de R$ 6.

Uma startup inglesa tinha 85% do capital aplicado no banco americano. O diretor comemorou, afirmando que a transação evitou um "efeito cascata" de falências no setor de tecnologia britânico.

O comissário europeu para a economia, Paolo Gentiloni, tranquilizou o mercado afirmando que os bancos da Europa são maiores do que os que quebraram nos Estados Unidos. Ele descartou o risco de contaminação das instituições financeiras europeias.

Fonte Jornal Nacional 

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